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Em Pauta

É um hormônio: como os cachorros viraram gente

Por Mário Sérgio Lorenzetto | 19/12/2024 08:10
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

Os cachorros viraram gente. E isso já não surpreende muita gente. Tem cachorro, aliás, que é mais gente que muita gente. E não é um jogo de palavras, é a mais surpreendente realidade das últimas décadas. Ele escolheu deixar a natureza para viver entre nós. Aprendeu a falar com a gente. Enganou nossos instintos e virou nosso filho.


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Tem certeza que é creche de cachorro?

O dono da creche me diz: “fique tranquilo, nesta creche cuidamos das crianças com muito carinho. No primeiro dia, cada criança ganha uma mochila e uma agenda. Temos um quarto de recreação e um berçário, onde as crianças ficam separadas de acordo com o tamanho. Os pais podem ver tudo pela internet. E não usamos nenhuma gaiola”. É assim que as creches e hotéis para cães se apresentam. Alguma diferença de creches para crianças humanas? E são tratados como filhos.


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80% são tratados como membros da família.

O percentual é surpreendente. Mas não para no mero tratamento como membro da família, tem mais. Nada menos de 35% dos cães dormem na mesma cama do dono da casa, e 30% tem festinha de aniversario todos os anos. E a ciência diz que tudo isso faz sentido. Eles despertam quase tanto amor e carinho quanto um bebê.


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Amamos crianças e cães da mesma forma.

A ciência canina vem aprofundando nossos conhecimentos. Diz que amamos crianças e cães da mesma forma e a chave para esse mistério está em um hormônio bem conhecido: a ocitocina. Esse é o hormônio que desperta a sensação de apego por outras pessoas e é liberado em grande quantidade, por exemplo, nas mulheres durante o parto.


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O teste da ocitocina.

Na experiência que comprovou o papel da ocitocina, cada voluntario falava sobre sua relação com o cão e depois brincava com ele durante meia hora. Enquanto isso, os cientistas contavam quantas vezes, e por quanto tempo, os cachorros fixavam o olhar em seus donos - uma forma de comunicação que nós, humanos, usamos com pessoas queridas. Ao final do exercício, mediam a ocitocina no sangue. Adivinhe só no que deu. As pessoas mais ligadas aos cachorros tinham os maiores níveis de ocitocina.

 

Os artigos publicados com assinatura não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem como propósito estimular o debate e provocar a reflexão sobre os problemas brasileiros.

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