Eleições: a síndrome do cavalo paraguaio luta contra o amador
A manchete do UOL colocou a campanha eleitoral de C.Grande em seu devido lugar: “Rose Modesto lidera com mais do dobro do segundo lugar“. Não deveria criar estupefação, Rose é a mais conhecida de todos os candidatos e, tecnicamente, a pesquisa suscite dúvidas fundamentais, além de origens nebulosas. Neste momentos iniciais, o histórico, a exposição nos meios de comunicação são os fatores mais importantes. Todavia, conta com uma trava fundamental: tem a fama da síndrome do cavalo paraguaio. Largou nas primeiras posições, nas últimas eleições municipais, contra o M.Trad, e foi derrotada. Repetiu a performance na eleição para governador e teve outro resultado desastroso. A síndrome do cavalo que sempre sai na frente, e chega atrás, atacará novamente em 2024?
Tocando em frente, a campanha antecipada.
Há outra explicação para os pontos que Rose recebeu na pesquisa. Foi a única que fez campanha antecipada. Recriou um antigo projeto da prefeitura para tocar violão nas escolas. “Tocando em frente” era seu nome, um pedido de seu irmão para a prefeitura melhorar o salário da hoje candidata. O nome é uma cópia de uma canção de Almir Sater. Nada consegue criar, tem de copiar. Rose saltou à frente de todos os demais candidatos levando ao ar um programa na rádio. Pastoso e sonífero, é verdade. Além de ter seu nome martelado na rádio, encheu a cidade de painéis com sua foto e nome, disfarçados de propaganda do programa.
Um “sniper” atirando nas contas.
O comando da campanha da Modesto está em campo. Alguns são inexperientes, bem próximos do amadorismo; outros, de má fama, só aparecem metidos em confusão e baderna. Em verdade, não passam de marionetes. Há outro comando “clandestino”. Jerson Domingos, atual presidente do Tribunal de Contas, é quem maneja os cordões dos títeres. Escondido no órgão responsável pelas contas de prefeitos e governador, desferiu um tirambaço na campanha do Beto Pereira, principal concorrente de Rose Modesto. Abriu gavetas cheias de baratas e emitiu um parecer, reprovando a contabilidade da época em que Beto foi prefeito de Terenos…. há doze anos. Uma manobra esperta que criou confusão nos eleitores. Alguns passaram a perguntar: Beto será candidato? A campanha deste não soube responder a jogada, não explicou que o papel assinado pelo Jerson é um parecer. O colegiado que julga qualquer candidatura é o Tribunal Regional Eleitoral e não o Tribunal de Contas.
O sorriso que não é da Madona.
Não há como negar que a figura encarnada pela Rose é provida de alguma simpatia. Tem um sorriso meio forçado, típico de candidatos, mas está longe do semblante de um administrador sério. Não tem carisma, não tem o poder do convencimento. Mas o problema não está apenas nas atitudes estudadas, como se estivesse em um palco de teatro mambembe. Seu currículo é fraco, nada leva a crer que possa tirar a prefeitura de C.Grande do abismo em que os Trad a meteram. Muitos não esquecem que de figura simpática, mas incompetente, o inferno esta cheio de políticos como Alcides Bernal. Os eleitores erraram fragorosamente quando escolheram o prefeito mais incompetente de nossa história. Repetirão? Passaremos a ter uma Olimpíada dos piores prefeitos? A dúvida é obrigatória. Quem ganha a medalha de ouro de pior prefeito: Bernal, Olarte, M.Trad, Adriane?
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