Enfim Brasília desamarrou o Auxílio Brasil, mas há indefinições
Agradar o mercado financeiro ou socorrer a população famélica? Eis a grande dúvida que amarrou o Auxílio Brasil durante meses a fio. Criar confusão com os barões dos bancos e da Bolsa de Valkres sempre foi um risco que todos os presidentes temeram. Mas, não há alternativa, o governo federal precisa socorrer pelo menos 17 milhões de brasileiros em estado de fome diária. E essa é a primeira das indefinições: quantos serão atendidos pelo Auxílio Brasil? Não há números claros, apenas discursos e mais discursos. Parece que serão 17 milhões, mas pode ser 16 ou 15 milhões.
Três benefícios básicos.
O Auxílio será composto de três benefícios básicos:
Primeira Infância - para famílias que tenham crianças de zero a 36 meses.
Composição Familiar - beneficia famílias com jovens até 21 anos e dá incentivos para permanência na escola.
Superação da extrema pobreza - beneficia famílias que ganham até R$ 89 mensais por pessoa.
Seis benefícios extras.
Além dos três básicos, o Auxílio auxiliará adolescentes atletas, vale-creche, bolsa para crianças que se destacam em competições acadêmicas e científicas, compensação para quem conseguir emprego formal, auxilio para agricultores de baixa renda é um benefício de transição para aqueles que atualmente recebem Bolsa Família. O vale gás, mencionado por Bolsonaro em agosto, não entrou no escopo do Auxílio Brasil, pelo menos por enquanto.
Quanto custará o Auxílio Brasil.
Ninguém sabe - ou não querem dizer - quanto custará o Auxílio Brasil. O governo espera a aprovação da PEC dos Precatórios, que propõe parcelar boa parte das dívidas judiciais, abrindo espaço no orçamento de 2022.
50% acima do Bolsa Família?
Aparentemente, o Auxílio será 50% acima do Bolsa Família. Essa foi a declaração de João Roma, o desconhecido Ministro da Cidadania. Bolsonaro já disse que o "ideal" é chegar aos R$400. O benéfico médio do Bolsa Família é de R$190 mensais. O governo conta que esses valores serão definidos até o fim de setembro.