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Em Pauta

Lucro da produção de soja e milho mais que dobra desde 2000

Mário Sérgio Lorenzetto | 18/11/2013 08:01
Lucro da produção de soja e milho mais que dobra desde 2000

A margem de lucro dos produtores de soja e milho mais do que dobrou desde 2000

A estonteante safra colhida simboliza um momento peculiar da economia brasileira. A indústria patina, o varejo cresce menos que em outros anos, as exportações caem, o crescimento médio da economia decepciona. Quem planta, no entanto, parece viver em outro país. De 2008 para cá, a agricultura cresceu duas vezes mais que o PIB (Produto Interno Bruto) nacional.

Tudo isso vem acontecendo sem pacotes de ajuda governamentais, reuniões de emergência em Brasília, isenções fiscais temporárias ou qualquer tipo de “mãozinha” dessas que têm sido praxe nos últimos cinco anos. Pelo contrário, não fossem as exportações do setor, o déficit de US$ 1,6 bilhão da balança comercial brasileira nos últimos nove meses, aumentaria para US$ 67 bilhões.

Lucro da produção de soja e milho mais que dobra desde 2000

Safra brasileira de grãos dobrou na última década e soja predomina em MS

A expansão territorial deixou de ser a explicação para o avanço da agricultura que ocorreu em outra fase. Nos últimos sete anos, o crescimento foi de apenas 0,5% na expansão da área plantada. Nos sete anos anteriores a estes, a média foi de 3%. No Mato Grosso do Sul o predomínio foi da soja. A última plantação ocupou 15% da área onde tradicionalmente estava a pecuária. Foram 250 mil hectares de soja a mais que o ano anterior.

A área ocupada pelo milho não apresentou mudança significativa. A área de florestas plantadas também cresceu vertiginosamente como a soja. Saiu de 612 mil hectares para 700 mil, um crescimento de 14% em cima das áreas de pastagens. É possível afirmar que, aproximadamente, 300 mil hectares de terras foram subtraídos da pecuária.

Lucro da produção de soja e milho mais que dobra desde 2000

Ainda há muito espaço para conquistas territoriais – a área ocupada pela pecuária é vastíssima

Os agricultores acreditam que podem dobrar a produção nos próximos anos. Essa combinação se deve a dois fatores – eles nunca ganharam tanto dinheiro. Segundo o Rabobank, banco holandês maior financiador da agricultura, a margem de lucro dos agricultores passou de 26% para 54% na produção de soja e de 15% para 40% no caso do milho, do ano 2000 até 2013.

Quem tem dinheiro para investir encontra um leque enorme de opções para aumentar a produtividade da fazenda. Tratores de última geração, sementes mais resistentes, sistemas por satélite para decidir onde plantar. Aos poucos, cria-se a percepção de que separar parte do lucro para investir vale a pena. As melhores fazendas de cada cultura são muito mais produtivas que a média. A diferença chega a 90% na soja e 100% na cana-de-açúcar.

Lucro da produção de soja e milho mais que dobra desde 2000

A agricultura deixou de ser um negócio para amadores como a pecuária continua sendo

Novas empresas, grandes investimentos, crescimento das áreas de plantio e bons anos de colheita estão transformando os negócios no campo. A agricultura passa por um processo de profissionalização sem precedentes. Os agricultores dominaram bem a parte técnica, agora começam a organizar melhor os negócios, começa a ocorrer a preocupação com uma boa administração. Estão contratando gerentes financeiros; em 25% das fazendas esse profissional está trabalhando. Outros 20% usam serviços de consultoria quando querem alterar algum processo de produção e de advogados para planejar a sucessão. Em termos de sucessão, a próxima geração de agricultores brasileiros terá imensa maior formação que a dos pais.

Lucro da produção de soja e milho mais que dobra desde 2000
Lucro da produção de soja e milho mais que dobra desde 2000
Lucro da produção de soja e milho mais que dobra desde 2000

Drones: aviões não tripulados dominarão a agricultura

Os drones são aeronaves pilotadas com controle remoto, sem tripulação. São usados para coletar informações. Eles foram desenvolvidos para atender as forças armadas dos EUA, mas seu uso vem crescendo em muitos setores. A agricultura promete ser o principal mercado brasileiro para esses aparelhos.

Os fazendeiros podem monitorar as lavouras e identificar, rapidamente, problemas como a incidência de pragas, seca, bandos de emas ou de porcos devorando o milharal ou vigiar as fronteiras da propriedade.

As informações coletadas pelos drones permitem o uso mais eficiente de produtos químicos, um dos principais custos da agricultura. Por algumas centenas de dólares é possível alugar os drones mais completos ou por um mil dólares é possível comprar um desses aparelhos dos modelos mais simples. Certamente é mais barato que colocar um funcionário para percorrer toda a extensão da fazenda em busca de problemas.

Lucro da produção de soja e milho mais que dobra desde 2000
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O pacto pelas cabeceiras do Pantanal e o desmatamento na Amazônia

Nos últimos oito anos, o Brasil conquistou boas posições na guerra contra o machado e a motosserra. Desde 2005, a média anual de área desmatada na Amazônia caiu pela metade, graças, principalmente, à implantação de um sistema de monitoramento da floresta por satélite, que fortaleceu o trabalho de fiscalização e à criação de novas unidades de conservação ambiental. No último ano houve um retrocesso em favor da motosserra.

Agora, o governo federal estuda pôr em prática um plano de ação semelhante para ajudar a preservar mata do Cerrado. O objetivo é estabelecer metas a ser atingidas até 2020 para diminuir o desmatamento desse bioma. A base da proposta será a mesma – monitoramento por satélite eficiente e novas unidades de preservação. Em um estudo paralelo, e inédito, o HSBC e a ONG ambientalista WWF, solicitaram ao Ibope uma pesquisa sobre a região pantaneira.

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Pantanal ainda é bioma que todos sabem que existem, mas a maioria o desconhece

Na pesquisa, a maioria dos entrevistados apontou, corretamente, a preservação nas nascentes, que estão nos cerrados, e a união de esforços para combater os problemas do Pantanal. O estudo nacional ouviu 2002 pessoas em 26 estados. Os dados coletados evidenciam que os brasileiros ouviram falar do Pantanal – 93% - mas desconhecem suas características naturais e a localização, isto é, conhecem apenas a palavra “Pantanal”.

Outro dado importante é o de que duas pessoas em cada três, 66%, não sabem dizer em quais estados está o Pantanal e nem mesmo qual a região, para esses 66% poderíamos ter o Pantanal em São Paulo. Os grandes problemas ambientais do Pantanal para os que sabem/conhecem são a degradação de nascentes com 49% e o assoreamento com 47%. O principal motivo de o Pantanal ser uma área de risco ambiental é o desmatamento para 73%.

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União de forças é necessária para preservação, apontam pesquisados

O número de pessoas que acreditam que as nascentes do Pantanal estão no Cerrado é de apenas 18%. Por outro lado, 65% dos entrevistados afirmam, corretamente, que o Pantanal é a maior fonte de água doce do mundo. Outro dado, preocupante, é o de que aqueles que viajam ao Pantanal não têm como interesse principal saber mais sobre sua preservação e sim praticar atividades de lazer, como a pesca esportiva. Para os residentes nesse bioma, 51% apontaram a piora na condição dos rios, nascentes e córregos. Outros 63% apontaram redução na quantidade de peixe. Para solucionar os problemas, 76% afirmaram que a forma mais adequada de preservação do Pantanal é a união de esforços entre governos, empresas e a sociedade.

Lucro da produção de soja e milho mais que dobra desde 2000
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Tristeza no trabalho custa bilhões de reais aos empresários

Todos sabemos que os funcionários não deixam suas emoções dentro dos carros ou ônibus quando chegam na empresa ou órgão público para trabalhar. Os sentimentos podem acarretar sérias implicações sobre o desempenho do trabalhador quando trazem consigo a tristeza. A cada ano, os trabalhadores choram a morte de milhões de entes queridos.

A tristeza no ambiente de trabalho custa milhões às empresas na redução de produtividade, aumento de erros e acidentes. Nos EUA estudaram e publicaram uma estatística surpreendente: morte de ente querido – custa US$ 38 bilhões às empresas. Divórcio e crise conjugal – US$11 bilhões. São US$ 9 bilhões para as crises familiares de qualquer espécie e US$ 7 bilhões para a morte de conhecidos.

Algumas empresas oferecem uma licença remunerada e outras criaram programas de apoio formados por funcionários que passaram por quadros de tristeza e que oferecem o tempo para auxiliar os colegas.

Lucro da produção de soja e milho mais que dobra desde 2000
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A boa fórmula para atingir a aposentadoria existe, basta querer aplicar

Que o benefício pago pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) não será suficiente para ninguém manter o padrão de vida após a aposentadoria, todo mundo já sabe. Que as pessoas viverão cada vez mais com os avanços da medicina, parece óbvio. Também não é segredo para ninguém que alguns gastos com médicos e medicamentos aumentam na mesma proporção do avanço da idade. O que muitas pessoas fingem não saber ou nem querem pensar é que a pior maneira de se preparar para a aposentadoria é deixá-la de lado, no esquecimento.

Alguns comportamentos recomendáveis:

1. Guarde o máximo que puder. É bem melhor economizar demais do que correr o risco de poupar pouco e correr atrás da aposentadoria aos 50 anos.

2. Se você não se sente hábil o suficiente para investir o próprio dinheiro, os planos PGBL e VGBL podem ser opções razoáveis (razoável não é sinônimo de boa) no longo prazo.

3. Antes de consumir como um rico ganhe dinheiro como um rico.

4. Quanto mais cedo começar a poupar visando a aposentadoria, reduzirá o esforço necessário.

5. Resista à tentação de usar o dinheiro acumulado para o período da aposentadoria em outra finalidade.

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