Marun, o dançarino da Família Adams e o Códex Glúteo
Marun era o porta voz da Casa da Família Adams. Um de seus principais articuladores, converteu-se, espontaneamente, no dançarino mais famoso do país. Trouxe à tona um cantor da época da ditadura, expurgado dos holofotes pela esquerda de produtores e cantores, retoma a fama nacional com impropérios contra o alegre dançarino. O cantor deveria agradecer o dançarino. O dançarino, nas casas das apostas eleitorais, irá dançar nas eleições. Será? Se os marqueteiros de Donald Trump estiverem certos - importa aparecer, não importa o motivo ou objeto - Marun é o deputado que ocupa mais espaço na mídia local e nacional. Sem ter cargo, disputa os holofotes com o "porcino" Maia, presidente da Câmara.
Marun errou. A música apropriada para o momento político é "Códex Glúteo". Em 1978, o grupo musical espanhol, Atrium Musicae, editou um LP intitulado "Códex Glúteo" que em realidade era resultado de terem observado com lupa a tela "O jardim das delícias", de Bosch. Esse famoso pintor medieval escondeu um pequeno segredo que seria visto apenas pelo espectador mais atento. Se tratava de uma partitura escrita no traseiro de um figurante.
Entrem em um supermercado ou farmácia do futuro.
Já não se trata de ficção-científica. Os supermercados e farmácias do futuro já estão funcionando na Europa e Estados Unidos. Não se assustem quando receberem uma caixa de paracetamol das "mãos" de um robô. O nome do novo processo é "engenharia logística com robôs e drones". Eles etiquetam, manipulam e organizam os produtos nas estantes. Percebem que algum produto está faltando e tomam providência imediatamente. Os drones, mediante sistemas de visão artificial e antenas, podem detectar códigos de barra e "enxergar" por RFID - identificação por rádio frequência. Eles vão passando pelas diferentes alturas nas estantes, capturam as informações e as mandam para o sistema de gestão. Controlam para que as unidades especificadas não faltem.
Os processos manuais, caminhões, operários manipulando caixas, estão sendo substituídos por robôs. A mão de obra, especialmente a que envolve força - está próxima de passar para os livros de história.
Cultura de boteco: a cerveja é uma deusa romana.
A palavra "cerveja" vem do latim "cerevisia", evocava Ceres, deusa romana das colheitas e dos cereais com que a bebida é feita. E é do latim "bibere", beber, que veio birra (cerveja, em italiano), beer (em inglês), e bier (alemão). Portanto, não resta dúvida, a cerveja é uma deusa.
A palavra "cachaça" tem origem controversa. Para alguns estudiosos, viria do espanhol "cachaza", um vinho de má qualidade, todavia, há outros que creem que viria do português "cachaço", porco, pois a cachaça era, nos tempos coloniais utilizada para amolecer a carne do animal. O "uísque" vem da mesma Escócia que o produz com excelência. Originalmente, era "uisce beatha", água da vida. Mas há alguma confusão dos escoceses. "Acqua vitae", água da vida, era como os alquimistas chamavam o álcool antes de uma palavra árabe tomar do mundo, colar. Para entender essa confusão não precisa estar a seca, sem beber. Os alquimistas tiveram influencia decisiva em suas buscas e experiências dos estudiosos árabes. Estes denominavam qualquer álcool com a palavra "al-kuhul". Vodka ou Wodka? Russa ou polonesa? Ninguém sabe. Ambos lutam pela invenção, mas a palavra tem o mesmo significado nas duas línguas: "águinha". Antes que fiquem de "porre", é bom saber que essa palavra vem de "porrão", um pote grande para armazenar água e aguardente. Já "pileque" vem do francês "pilé", o açúcar que vai nos drinques. E boa "manguaça" (que vem do bantu, uma das línguas dos escravos).