Motor de pára-brisas virando respirador hospitalar
Há um mês, com o alarme do vírus tocando, a fábrica de automóveis Seat, na Espanha, fechou as portas. Todavia, com a falta de respiradores nos hospitais, a empresa decidiu colaborar com as medidas de emergência e reabriu as portas com um só objetivo: produzir equipamentos hospitalares. Estudou utilizar equipamentos existentes em suas fábricas e que existem em todas as fábricas de automóveis do mundo.
O motor do limpador de pára-brisas é a peça fundamental.
Descobriram que podiam utilizar 119 peças de suas fábricas para produzir os respiradores. A peça mais importante é o motor do pára-brisas. Contam que foi um trabalho árduo, não pararam um minuto sequer, revezando equipes de 150 trabalhadores até que chegassem a um protótipo que foi devidamente aprovado pelos médicos. Em uma semana tinham um respirador.
O modelo que copiaram está na internet. É livre.
O objetivo da Seat era fabricar um respirador com a máxima qualidade. Contam que encontraram na internet o Oxygen, um respirador com hardware de código aberto (de uso livre, qualquer pessoa ou empresa pode produzir sem pagar um centavo). O Oxygen é baseado nos respiradores que existem nas ambulâncias, cujo funcionamento consiste em acionar automaticamente um "ambú", uma bolsa para inflar para que proporcione respiração assistida para os pacientes. É tido como um ótimo aparelho.
Na primeira semana, 300 respiradores por dia.
A empresa conseguiu produzir apenas 300 respiradores por dia na primeira semana. Na segunda semana já estavam fabricando a quantidade que os hospitais necessitassem. A Espanha não entrou na corrida mundial em busca dos respiradores.