O concurso de beleza de Keynes e as eleições
O concurso proposto por Keynes é atipico. John Maynard Keynes, o famoso economista, propôs o seguinte experimento mental: uma revista proporia um concurso de beleza em que os seus leitores escolheriam as seis mais belas entre as fotos que aparecem nessa revista. Com a particularidade de que os premiados não serão as belas mais votadas, e sim os leitores que mais acertaram depois de efetuar a recontagem dos votos.
Essa situação é fácil de transladar para o campo da política ou da economia. Quem quiser ganhar não deve deixar-se guiar exclusivamente pelo seu gosto ou opinião pessoal. Terá de especular quais serão as tendências dominantes entre os demais leitores da revista, tendo em conta que eles, por sua vez, pensarão o mesmo. Quer dizer, se quero aumentar minhas possibilidades de ganhar, não basta pensar quais mulheres serão escolhidas pelos leitores da revista e sim também quais mulheres os leitores acreditam que serão escolhidas como mais belas.
Esse tipo de reflexão interativa, aplicável a numerosas situações da vida real, pode se repetir, em teoria, ao infinito. O futuro chegou e com ele os computadores capazes de interações inimagináveis nos tempos de Keynes. De que maneira esse "novo tempo" afetará as tomadas de decisões? Deixaremos as decisões de nossa vida em mãos dos robôs, em função de sua superioridade para realizar cálculos à partir de enormes quantidades de dados? Isso já está acontecendo em todas as grandes industrias do planeta. Também em órgãos governamentais melhor administrados. Chegará às eleições para a escolha de nossos representantes? Quantos políticos escolhemos sem nos importarmos com os embustes e mentiras promovidas pelos maiores vilões do país que são os marqueteiros? Quantas informações obtemos sobre candidatos que escolhemos? Nesse campo, somos movidos apenas pelas emoções. Nenhum vislumbre sequer de racionalidade.
O povo escolheu rejeitar todos os candidatos.
Mister X vencerá as eleições. Mais do que nunca o povo não quer ter um Presidente da República do Brasil. E isso não é um filme de terror. O país não desaparecerá. Há pouco, a Espanha ficou mais de 7 meses sem mandatário e continuou avançando, melhorando a economia.
A pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos deixa claro o fenômeno. Todos são rejeitados. Deveriam pedir desculpas pela ousadia e ir para casa. O Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, é o campeão com 70% de rejeição. Logo atrás, vem o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, com 67% de reprovação. Em terceiro lugar, estão empatados Ciro Gomes e João Doria, com 63% de rejeição. No quarto lugar, vem Jair Bolsonaro, com 60% de rejeição. Outro empate de indesejados ocorre na quinta posição: Lula e Marina estão com 56% de rejeição para cada um. Apenas Joaquim Barbosa e Luciano Huck têm rejeição menor que a metade dos brasileiros: 41% e 32%, respectivamente.
É importante conhecer que todos os estudiosos de pesquisas coincidem em afirmar que ninguém pode se candidatar a cargo majoritário algum se estiver com 41% ou mais de rejeição. Huck é o único que atende a essa consideração, mas não colocou sua candidatura em lugar algum. Por enquanto, é apenas um boato... Dificilmente, caso lance a candidatura, terá resultado muito diferente dos demais. A tecla "X" é a desejada pelos brasileiros.
Uma leiteira, o primeiro veículo comercial da história
O primeiro veículo comercial da história apareceu sob a marca da Renault, em 1900. Também conhecida por "Milkman", tratava-se de uma Type C, um lento carro leiteiro com pouco mais de 3 cavalos (os carros atuais tem mais de 150 cavalos). Só era capaz de carregar 250 quilos de carga útil total.
O lançamento desse primeiro veículo com motor próprio para uso comercial e industrial ocorreu somente dois anos depois do nascimento da marca Renault. Louis Renault, então um jovem de 21 anos, recém desligado do Exército, colocou na rua sua "Voiturette A", um automóvel que construiu artesanalmente na garagem da casa de seus pais, usando como base um triciclo de De Dion Bouton.
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