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Em Pauta

O estranho caso da fotografia da aura ou da alma

Mário Sérgio Lorenzetto | 15/08/2019 06:25
O estranho caso da fotografia da aura ou da alma

Tudo começou em um pequeno laboratório do hospital de Alma Alta, na ex-União Soviética, onde o casal Kirlian realizava experiências com campos físicos de alta tensão. Em uma das experiências, o marido sofreu uma descarga elétrica que veio acompanhada por uma espécie de auréola em torno de sua mão. Depois desse acidente, começaram a investigar o tema das luminescências que os corpos animados irradiam. Para isso, inventaram uma câmera fotográfica capaz de reproduzir a impressão das ditas luminescências em um filme.

Essa é uma história da ciência que aconteceu logo depois da Segunda Guerra Mundial e durante dezenas de anos pertenceu exclusivamente ao mundo dos cientistas.

O estranho caso da fotografia da aura ou da alma

Como Kirlian virou nome de comprovação da alma humana.

Chegado os anos setenta do século passado, o assunto se desvirtuou tanto que, fazer fotos com a câmera Kirlian, se converteria em uma manifestação de pseudociência, de fraude para comprovar a existência da alma humana. Muitos passaram a afirmar que podiam fotografar a "aura" humana, que era entendida como "alma". Sem ir mais longe, o Beatle George Harrison fez uma foto de sua mão com uma câmera Kirlian e a utilizou na capa de seu disco "Living in the Material World".

O estranho caso da fotografia da aura ou da alma

A volta da aura explicada pela ciência.

O modismo das câmeras que exporiam a alma humana, todavia, desapareceu como por encanto. Mas há pouco a ciência retomou essa pauta. Está comprovando que efetivamente existe uma aura humana. E mais, que não existem duas auras iguais, algo como as digitais que estão em nossos dedos. O genomólogo norte americano Michael P. Snyder realizou uma experiencia com os braços de mais de uma dezena de voluntários para monitorar o ar que fica ao redor desses membros. Descobriu que o corpo humano não só absorve as partículas presentes em seu entorno, como também portamos nossa nuvem de microbioma que podemos chamar de "aura". O cientista classifica a absorção das partículas em conjunto com a nuvem de microbioma como "um fulgor da matéria viva".

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