O homem possui uma parte feminina, enquanto a mulher possui uma parte masculina
À procura de sua outra "metade", um legado humano que vem da Antiguidade.
O homem possui uma parte feminina, enquanto a mulher possui uma parte masculina. Conhece esse conceito? Ele é mais antigo do que muitos imaginam. Lendas persas contam que o primeiro ser criado por Deus era bissexual, ou seja, homem e mulher em um único corpo. O criador, tempos depois, dividiu-o em dois seres distintos: homem e mulher. História semelhante é narrada na Bíblia. Deus fez com que Adão caísse em sono profundo e criou Eva a partir de sua costela. Pode-se deduzir que adão possuía uma porção masculina e outra feminina. Na filosofia grega também existem relatos sobre androgenia. Em "Symposium", de Platão, o personagem Aristófanes narra uma antiga lenda sobre os primeiros humanos descritos como seres redondos que possuíam uma cabeça com duas faces, quatro braços e quatro pernas. Os deuses teriam ficado com inveja desses primeiros humanos e por medo teriam decidido dividi-lo em duas partes, uma feminina e outra feminina. Aristófanes conta que desde então as duas metades da esfera procuram se unir e vivem à procura de sua outra metade.
Violência contra a mulher. Pesquisas e estatísticas.
Apesar de muitos avanços terem sido alcançados com a Lei Maria da Penha, hoje, contabiliza-se 4,4 assassinatos a cada 100 mil mulheres, número que coloca o Brasil no sétimo lugar no ranking de países nesse tipo de crime. Em maio e junho de 2013, uma pesquisa realizada pelo Ipea levantou a apreciação de pessoas sobre a frase: "Homem que bate na esposa tem que ir para a cadeia". De acordo com a pesquisa, concordaram com essa afirmação, total ou parcialmente, 91% dos entrevistados. Ao mesmo tempo, 26% concordam que mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas. Melhorou, mas o quadro geral ainda é ruim.
Em outro estudo, realizado pelo Instituto Sangari, de abril de 2012, abrangendo o período de 1980 a 2010, foram assassinadas 91 mil mulheres, 43 mil só na última década. Esse número significa que ocorreu um salto de 217% no número de mortes de mulheres por assassinato. A mesma pesquisa trouxe outro quadro trágico - o da reincidência. Duas em cada três pessoas atendidas no SUS em razão de violência doméstica ou sexual são mulheres, sendo que em 51% dos atendimentos foi registrada reincidência em atos de violência contra a mulher. A Fundação Perseu Abramo constatou que 5 mulheres são espancadas a cada 2 minutos em nosso país. Além de ameaças de surra (13%), uma em cada dez mulheres já foi de fato espancada ao menos uma vez na vida.
Pesquisa mostra que há um desalento no ar que impede as pessoas até de reclamarem.
A análise de pesquisa do Ipsos, empresa especializada em acompanhamento do mercado econômico, mostra a piora generalizada dos índices que avaliam o clima da opinião pública. Apenas 33% dos brasileiros se dizem seguros no emprego e esse indicador vem piorando mensalmente. Por outro lado, as pessoas têm esperança, têm fé que a crise seja passageira. O conceito chamado "esperança" na pesquisa mede as expectativas da população em relação à economia. De acordo com o Ipsos "há pouco espaço para piorar ainda mais a percepção atual. O problema é que existe um desalento no ar que impede as pessoas até de reclamarem". Mas os brasileiros se mostram otimistas com o futuro nos próximos meses.
Eles avaliam quatro itens: Humor (percepção atual), Esperança (expectativa), Aposta (Investimento) e Segurança (emprego). De março para cá apenas o item Segurança caiu muito, algo como mais 11% dos brasileiros passaram a sentir os temores do desemprego (42,5% de Segurança para 31,1%), os demais itens ficaram estabilizados.
Idosos brasileiros estão acompanhados e idosas, solitárias
Por apresentarem maior expectativa de vida, em geral, as mulheres idosas passam uma grande parte de suas vidas como viúvas, com maior chance de viverem sozinhas. No Brasil, os arranjos familiares dos idosos e a condição que ocupam em suas residências são muito diferentes entre os sexos. A maioria dos homens idosos mora com sua mulher - 80% - e apenas 8,7% vivem sozinhos. Já as mulheres distribuem-se em diferentes tipos de arranjos: 46% vivem com seus parceiros, 23% moram com os filhos e sem um parceiro, 13% residem apenas com um parente e 16% vivem sozinhas. A grande discrepância em relação ao status, com um elevado número de viúvas, em contraste com alto percentual de homens casados faz com que as mulheres idosas tenham maiores chances de enfrentar o declínio da capacidade física e mental sem o apoio de um companheiro e dos filhos. A taxa de solidão das mulheres é mais do dobro da encontrada entre os homens em um estudo recente.