Pornô no país da política pornográfica
Estabelecer os limites do erotismo e da pornografia é uma difícil tarefa. Se é aceitável contextualizar a pornografia como algo que perturba a população, nossa política é a mais pornográfica do mundo. É impossível estabelecer os limites daquilo que é aceitável quando tratamos da política nacional. A única exceção fica por conta de Itamar Franco, o mais comedido e vitorioso - e nunca reverenciado - governante que este país teve nos últimos trinta anos.
Prostíbulos em tempos de coronavírus.
Moda da pandemia são as lives. Há lives de sertanejos, roqueiros... escolham. Mas há uma live que não apareceu na imprensa: a dos prostíbulos. "Zona também é cultura", diz um sábio conhecido que tem medo da esposa. Nas lives, bem menos pornográficas que a política nacional, as moças sorteiam sexo para o pós pandemia. Talvez sejam prostíbulos de Brasília, tidos como os melhores do país (mais ricos?), conforme um conhecido ex-deputado, expert nesse assunto.
Canais com pornô free.
O maior canal de pornô do mundo - Pornhub - está ajudando a população confinada. Free pornô. Milhares de filmes pornográficos a custo zero. Um dos mais famosos ensina a transar em tempos de coronavírus. A ideia surgiu com a pandemia na Itália. Com milhões de pessoas confinadas em suas residências, o Pornhub resolveu abrir sua filmoteca para os solitários e seus hábitos masturbatórios (e casais, por que não?). Mas há uma pegadinha, após algum tempo, cortam a gratuidade e pedem a assinatura. Até a pornografia é sacana.