UFMS, a greve que acabou mas não terminou. Professores receberam proposta pifia
UFMS, a greve que acabou mas não terminou.
O Conselho de Ensino de Graduação (Coeg) da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul emitiu uma nota informando que anulou, por unanimidade, a resolução que suspendia os Calendários Acadêmicos. Essa suspensão dos calendários era o fator técnico determinante para a continuidade da greve. A explicação dada é que os professores desejosos de possibilitar aos alunos o encerramento do ano letivo com seus respectivos diplomas de colação de grau poderão, a partir de hoje, voltar a ministrar as aulas.
Há um clamor por parte dos alunos que estão para terminar seus estudos pela volta às aulas. Temem perder concursos realizados e testes em empresas que os abrigariam no fim do ano. Por outro lado, os professores estão em dificuldades para o encerramento da greve pela falta de interlocução com o governo federal. Os professores receberam a proposta de reajuste salarial que não repõe nem a inflação. Uma proposta esdrúxula e impossível de ser aceita. Todavia, a situação dos alunos que estão próximos a terminar seus cursos é desesperadora e merece todos os cuidados. Um impasse que começa a diluir com a decisão do Coeg. As primeiras nuvens de concórdia começam a surgir nos céus carregados de tempestade da UFMS. O componente técnico que mantinha metade dos professores em greve desapareceu. Mas a força do sindicato dos professores faz com que ela continue. É uma greve que acabou, mas não terminou.
Liberar ou não o uso da maconha não pode ser um debate político-ideológico. Descriminalizar somente com a organização de clínicas de reabilitação.
A sociedade está dividida entre liberar ou não o uso da maconha, com maior percentual para os contrários à descriminalização. Por outro lado, o combate ao tráfico nas fronteiras não dá resultados. As polícias não têm estrutura para combater os fornecedores, mas elas são obrigadas a fingir esse embate pois, caso contrário, dirão que recebem propina dos traficantes. Vivemos um mundo "non sense" sem sentido algum. O jargão policial é "enxugar gelo" para o combate ao tráfico de drogas, eles verbalizam a impossibilidade de tal combate. Estão derrotados há muitos anos. E pior, todas as polícias do mundo estão derrotadas.
A posição concernente com o que a humanidade aprendeu no século passado diz que devemos descriminalizar o uso da maconha. O melhor exemplo vem de Portugal. Os portugueses descriminalizaram o uso da maconha. Depois passaram para as drogas pesadas. Tiraram o problema da polícia e levaram para o Ministério da Saúde. Mas estruturam-se antes de dar esses dois passos. Criaram clínicas de reabilitação, com assistentes sociais, psicólogos, advogados, médicos e representantes da sociedade. Não se perderam em uma discussão estéril, de cunho político-ideológico, sobre liberar ou não, descriminar ou não. A descriminalização deve ser o último degrau da escada e não o primeiro. O Brasil não escapará de uma discussão qualificada sobre esse assunto.
Governo traz felicidade? Ou é o dinheiro que traz felicidade?
Você é feliz? Essa é a pergunta do século. Mas o que traz felicidade? Essa questão proposta por pesquisadores fazia parte de um grandioso projeto para medir a felicidade no mundo todo. Realizada pela primeira vez em 2005, a Pesquisa de Opinião Mundial Gallup foi uma tentativa de avaliar entre outras medidas, o nível de bem-estar, economia e saúde das pessoas em geral. O estudo abrangeu 155 países - uma amostra representativa de 98% da população mundial.
Os dados sugerem que a sociedade e cultura podem desempenhar papel relevante na importância atribuída às emoções e crenças sobre como atingir estados de bem-estar. Os humanos podem experimentar a felicidade de formas bem diversas. Os pesquisadores constataram, por exemplo, que embora os Estados Unidos sejam mais ricos que a Dinamarca, os dinamarqueses são mais satisfeitos e felizes. Os estudiosos acreditam que essa diferença pode estar na capacidade dos dinamarqueses de acreditar nas boas intenções do próximo. Os cientistas relacionaram a felicidade ao que chamam de "capital social", que inclui valores como confiança e cooperação com projetos coletivos.
A maioria dos dinamarqueses confiava no governo, e esperavam, por exemplo, receber de volta uma carteira perdida na rua. Já os norte-americanos consideravam o seu governo como corrupto e duvidavam que um estranho devolvesse a carteira perdida a seu dono. Os pesquisadores criaram um índice de "lei e ordem". Essa classificação reflete a confiança dos participantes na polícia, na sensação de segurança quando caminham sozinhos à noite e se eles foram vítimas de roubo. Os dinamarqueses apresentaram índices significativamente mais altos que os norte-americanos nesse item. A resposta é clara à primeira indagação: governo traz felicidade (ou infelicidade).
Mas e o dinheiro, traz ou não felicidade? A mesma pesquisa deixou a convicção de que o dinheiro pode comprar pelo menos alguns tipos de felicidade. No entanto, à medida que as necessidades básicas (alimentação e saúde) são supridas, o dinheiro parece não ter um efeito muito significativo.
Vem aí o "Uber" dos postos de combustíveis.
Calma proprietários de postos de combustíveis. Não se trata de uma nova empresa que envia combustíveis para consumidores. Também não é uma equipe que leva combustíveis após pedir por um aplicativo. É simplesmente uma tecnologia que é favorável para os proprietários e consumidores dos postos. Uma empresa alemã, denominada SAP, está agora testando nos Estados Unidos o que eles denominam de "Uber dos estacionamentos e postos de combustíveis". É um sistema de pagamento sem necessidade de digitar códigos ou qualquer outra ação do dono do carro. O computador de bordo do automóvel identifica o consumo e paga tudo sozinho. As demonstrações do sistema estão sendo feitas em Silicon Valley, onde funciona um complexo da empresa alemã. O motorista estaciona o carro ao lado de uma bomba e clica no painel do carro para confirmar o abastecimento. Uma vez concluído, a conta é debitada automaticamente em seu banco e o recibo aparece no painel do carro - tal como quando se usa o Uber. Também é usado para mostrar, no painel do carro, as promoções do posto de combustível.
A queda internacional do preço do petróleo será longa.
O acordo nuclear entre o Irã e seis potências mundiais pode ser considerado como um dos momentos diplomáticos mais importantes dos últimos anos. O compromisso, anunciado em julho, marcou também as fortes quedas dos preços do petróleo e de seus derivados. Uma queda tão grande que poderá ser a maior dos últimos 45 anos. Essa queda poderá ser longa e varar o ano de 2015 e 2016.
O petróleo está sendo negociado a US$ 54 o barril, com queda de 50% desde o verão de 2014. E a descida dos preços promete ser ainda mais acentuada, uma vez que, com o fim do embargo, o Irã produzirá e exportará ainda mais.
O acordo nuclear é apenas um dos fortes componentes dessa queda de valor. O arrefecimento da economia mundial, notadamente da China, e a guerra pela liderança do mercado entre a OPEP (com a Arábia Saudita como líder) e os Estados Unidos são os outros fatores. Tanto os sauditas como os norte-americanos estão aumentando suas produções. Os sauditas precisam de apenas US$ 5 para extrair um barril de petróleo; eles querem eliminar a concorrência dos EUA, responsável pelo petróleo de xisto betuminoso, muito mais caro para extrair. Enquanto isso...a Petrobras também entra na corrida para aumentar a produção...e os preços caem cada vez mais. Só que essas quedas nunca chegam ao bolso dos consumidores brasileiros. Pode parecer absurdo, mas a política de preços dos combustíveis no Brasil, pouco tem a ver com os preços internacionais do petróleo. É uma economia antieconômica.