Últimas projeções e pesquisas nos EUA. Pouco aumenta os indecisos
Mário Sérgio Lorenzetto | 01/11/2020 07:00
Contabilizadas as últimas projeções e pesquisas para as eleições presidenciais nos Estados Unidos, o que se vê é um pequeno aumento no número de indecisos. O maior responsável por essa pequena mudança , mas não único, é o Estado da Florida. O voto dos latinos volta a pesar na balança eleitoral norte-americana. Há uma semana, a Florida era um Estado onde Biden era favorito, entrou no rol dos cinco outros Estados onde a indecisão já estava presente. Mas em termos gerais, a possibilidade de vitória de Biden cresceu um pouco. Biden tinha, há uma semana, 83% de chances de sagrar-se vitorioso, agora tem 85% de possibilidades.
O mecanismo de escolha indireta.
No mapa abaixo vemos a importância do mecanismo das eleições presidenciais nos EUA. Cada Estado elege certo número de delegados (de acordo com o número de eleitores). Esses delegados vão todos para um dos candidatos, aquele que tiver mais votos no Estado. No total, são eleitos 538 delegados e a presidência é ganha com 270 delegados. No mapa, estão classificados cinco grupos : os que estão seguros para Biden ou Trump, os que têm favoritos e os empatados.
O difícil caminho para Trump chegar à vitória.
Acompanhem as eleições no Estado de Wisconsin. Se Biden nele vencer, dizem os especialistas, a eleição estará finalizada. Mas se Trum vencer no Wisconsin, as eleições estarão com resultado aberto. O caminho de Trump, se vencer no Wisconsin, é muito estreito. Terá de vencer na Florida e assegurar a Geórgia e a Carolina do Norte, onde está à frente com pequena margem. Uma vez aí, teria de vencer nos "Estados do Cinturão do Óxido" - Pensilvânia, Michigan e Minessota. A alternativa seria surpreender no Oeste - Arizona, Novo México, Colorado e Nevada. Nenhum desses caminhos é fácil e por isso Biden é favorito. Não necessita que aconteça nada especial.
Muito mais do que pesquisas.
Os norte-americanos não seguem as eleições como os brasileiros. Além das pesquisas, acompanham outras variáveis importantes. Verificam o impacto da economia nas eleições, leem as opiniões de especialistas em eleições e o mais estranho: dão especial valor para as casas de apostas (dominadas pelego empresários).
Essas variáveis também sofreram pouquíssimas mudanças desde a semana passada. Todas continuam dando ampla margem de vitória para Biden.
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