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Em Pauta

Vacina em massa só na segunda metade de 2021

Mário Sérgio Lorenzetto | 28/04/2020 08:15
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

Siga a pista do dinheiro. Não escute os governantes, eles mentem. Todos. A exceção é da doutora em química e primeira ministra da Alemanha Angela Merkel. Não há uma ciência norte americana, chinesa ou brasileira. A ciência tornou-se um empenho internacional. Mas ela sempre foi oportunista.


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Conhecimento e dinheiro.

Sempre esteve - com raríssimas exceções - onde existia um pouco de dinheiro. Até pouco tempo, a ciência era barata. Mecânica quântica, dupla hélice do DNA, teoria da relatividade, custaram alguns centavos. Foram fruto de pessoas que ganhavam baixos salários. Novamente há exceção: o projeto Manhattan, que criou a bomba atômica, custou uma fortuna colossal. Oportunista, essa sempre foi a característica principal do avanço do conhecimento.


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Sai Donald Trump, entra Bill Gates.

O presidente norte-americano não está inventando mentiras contra a Organização Mundial da Saúde simplesmente porque é viciado em proferir enganações. Após ter desdenhado da força do vírus, aprendeu e começa a jogar com a perspectiva de futuro. O futuro está nas mãos de vinte pesquisas para criar vacinas. Duas chinesas e uma dos EUA estão à frente das demais pesquisas. Uma chinesa está na segunda fase, a norte americana e a outra chinesa estão na primeira fase dos testes em humanos. As demais ainda engatinham, estão presas nos laboratórios. Quem tiver a vacina primeiro, saltará econômica e politicamente à frente dos demais países. Para quebrar essa jogatina de poder mundial, entrou em campo Bill Gates.


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300 milhões de vacinas por ano.

Cada uma das vinte pesquisas de vacina será capaz de produzir tão somente algo como 300 milhões de doses por ano. Uma insignificância para um mundo que necessita de mais de 7 bilhões de doses. A esperança é que muitos protótipos de vacina saiam do "forno", fiquem prontas, mais ou menos ao mesmo tempo.
É claro que essas primeiras doses ficarão em seus países de origem: China e EUA. O Brasil muito provavelmente não verá nem o cheiro dessas primeiras vacinas. Essa é a informação que Donald Trump dispõe. Prepara-se para fechar a vacina norte-americana em seu território. Sem a pressão da OMS, não há como os EUA se verem coagidos a entregar as doses de sua vacina para outros países.


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Entra em campo Bill Gates.

Bill e Melinda Gates são os principais nomes não governamentais no combate à pandemia. O fundador da Microsoft está injetando parte considerável de sua gigantesca fortuna no combate ao vírus. Particularmente, injeta em vacinas. Faz o movimento inverso de Trump, quer que parte das doses das vacinas atendam os países pobres.


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Para saber a verdade, sigam a pista do dinheiro.

Os cientistas brasileiros anunciaram a vacina contra o covid-19 para daqui três anos. Um muxoxo nos sorrisos dos brasileiros. Não é bem assim, temos de saber que esse vírus dificilmente desaparecerá. Ele passa a fazer parte de nossas vidas. E, ainda que distante, a vacina brasileira será importante para que não passemos as décadas seguintes dependendo de algum país.
Temos de ter consciência que até a segunda metade de 2021 muitos setores da economia continuarão deprimidos. Empresas aéreas, futebol, turismo, aeroportos... são os mais vulneráveis. O dinheiro migrará para remédios e vacinas. Siga a pista do dinheiro para não ser enganado pelos governantes. Siga Bill Gates.


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Big pharma, o melhor negócio do século.

Com exceção das fábricas de álcool em gel e dos bancos, é claro, quase todos os segmentos da economia estão ou ficarão deprimidos. Vem aí a grande vitoriosa da pandemia, a indústria farmacêutica, que está sendo chamada pelos mais lúcidos como a era da "big pharma". Os medicamentos e as vacinas venderão mais que pão quente. E eles já estão se mexendo. O lobby do protótipo de vacina ligada ao governo Trump conseguiu alguns adeptos e já está começando a pressionar governos para que exijam atestado de vacinação contra a covid-19 para qualquer viagem internacional ou contratação em empresas. Serão os melhores negócios do planeta. E nós, como ficaremos? Sem dúvida, no big-governo, a discussão de quem será o próximo ministro a ser fritado. Triste país.

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