Vida profissional depois dos 50 na era da longevidade e dos implantes cerebrais
Andar, ouvir, enxergar e lembrar: a revolução dos implantes cerebrais
Há mais de 50 anos, alguns cientistas começaram a explorar os efeitos do implante de eletrodos no cérebro. Eles não imaginavam a quantidade de pessoas que poderiam se beneficiar de suas pesquisas. A mais bem-sucedida forma de implante na cabeça é o da cóclea (cavidade em espiral, com formato de caracol, responsável pela audição) artificial. Milhares de pessoas já receberam esse dispositivo, que no mínimo recupera um pouco de audição, pelo menos rudimentos auditivos. O implante de eletrodos leva sinais captados por um microfone externo para o nervo auditivo.
Estimuladores cerebrais já foram implantados, com sucesso razoável, em mais de 30 mil pessoas que sofrem de Parkinson ou de outros transtornos do movimento. Quase a mesma quantidade de pacientes com epilepsia está sendo tratada com aparelhos que estimulam o nervo vago (localizado no pescoço, possui ação motora e sensitiva). Esses três implantes são os campeões, tanto em quantidade de pessoas atendidas como em qualidade dos resultados.
Complicados implantes de Nicolelis
Outros implantes avançam, mas de forma mais lenta. Combate à depressão, ataques de pânico e dor crônica estão em fase de ensaios clínicos, testando a estimulação do cérebro e do nervo vago. Também estão em fase de testes as retinas artificiais - chips sensíveis à luz - que imitam a capacidade de processamento de sinais do olho.
O avanço mais complicado no mundo das próteses cerebrais está nas que se apresentam para a recuperação dos movimentos. Voltar a andar ainda está sob a égide de experimentos controversos e limitados, como os realizados pelo brasileiro Miguel Nicolelis, tanto com implantes de eletrodos como por telecinesia. Mas esse potencial não pode ser desprezado.
E, por último, as pesquisas que ainda se aproximam dos sonhos são os implantes de chips para a recuperação da memória de pacientes de Alzheimer.
“Coroas” criam mais negócios de alta tecnologia que jovens
Todo mundo envelhece, não há como evitar. Hoje, nossa expectativa de vida pode chegar aos 90 anos. O que vamos fazer com todos esses anos? A aposentadoria não é a mesma de nossos pais.
A decisão de muitos profissionais aposentados com mais de 50 anos é a de iniciar uma nova empresa. Está ficando cada vez mais comum. A edição britânica da "Global Entrepreneurship Monitor", que analisa a atividade de empresas de tecnologia em estágios iniciais, constatou que 6,5% dos britânicos com 50 anos ou mais estão empreendendo - a maior proporção já registrada, eclipsando os 6% de jovens na faixa dos 18 aos 29 anos que estão fazendo o mesmo.
Entre os mais velhos, muitos são obrigados a considerar esse caminho após perderem o emprego. Outros, porém, fazem isso porque detectam oportunidades. Para quem já passou dos 50, a maior motivação para começar uma empresa é aumentar a renda. Os empreendedores mais jovens, por sua vez, estão em busca de independência.
Existe crise da meia-idade?
A noção de crise da meia-idade é controversa. Cunhada em 1965 pelo médico e psicólogo norte americano/canadense Elliot Jaques, que estudava as possíveis formas de tornar mais harmônicas as relações existentes nas empresas e nos órgãos públicos, foi descrita como "o encontro adulto com a concepção de que a vida deve ser vivida tendo em vista a aproximação da morte". Em suma: o medo da morte e a urgência em "aproveitar a vida".
Popularmente, é caracterizada por homens na casa dos 40 anos de idade, que trocam as famílias e os empregos por carros esportivos, apliques de cabelo e namoradas de 20 anos de idade - algo muito próximo a ser usado com sinônimo de superficialidade.
Mas essa fase da vida em verdade é pouco estudada e ficou marcada pelas ideias de Jaques, que não elaborou nenhuma pesquisa.
Existe crise da meia-idade?
A noção de crise da meia-idade é controversa. Cunhada em 1965 pelo médico e psicólogo norte americano/canadense Elliot Jaques, que estudava as possíveis formas de tornar mais harmônicas as relações existentes nas empresas e nos órgãos públicos, foi descrita como "o encontro adulto com a concepção de que a vida deve ser vivida tendo em vista a aproximação da morte". Em suma: o medo da morte e a urgência em "aproveitar a vida".
Popularmente, é caracterizada por homens na casa dos 40 anos de idade, que trocam as famílias e os empregos por carros esportivos, apliques de cabelo e namoradas de 20 anos de idade - algo muito próximo a ser usado com sinônimo de superficialidade.
Mas essa fase da vida em verdade é pouco estudada e ficou marcada pelas ideias de Jaques, que não elaborou nenhuma pesquisa.