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Manoel Afonso

Rose e Lucas de Lima: nova opção?

Manoel Afonso | 30/06/2023 08:35

NOVIDADE: Visita do deputado Lucas de Lima (PDT) à Sudeco está motivando comentários. A ex-deputada Rose Modesto – hoje no comando do órgão – não jogou a toalha quanto à sucessão da capital. É o melhor nome de seu partido (União Brasil) para 2024 e ter o parlamentar pedetista como candidato a vice prefeito é uma possibilidade.

LUCAS: As pesquisas registram desempenho ascendente do deputado radialista, fato que já provoca reações preocupantes nos bastidores. Pelo que se nota, ele não gosta, de alguma forma, ser comparado a outros ex-políticos radialistas da capital, tomando cuidados para preservar a sua imagem. Mas ele sabe, não pode atropelar o sistema.

ESSES JAPONESES... Mais de 15 mil na capital, mais de 30 mil no estado. O evento promovido pelo deputado Roberto Hoshioka  na Alems em comemoração aos 115 anos de imigração japonesa mostrou a força e a unidade da colônia. Quem foi saiu convencido do papel importante desta colônia no nosso contexto social.

IMPRESCINDÍVEIS: Quem de nós não dependeu dos préstimos de profissionais da   enfermagem? Eles buscam a melhoria salarial junto ao Governo do Estado e bateram às portas da Assembleia Legislativa na busca de apoio para suas reivindicações. Deu a lógica: os argumentos irrefutáveis sensibilizaram os deputados. Serão atendidos.

COOPERATIVAS: Pasmem! São 126 no MS, 12.931 empregos, 451 mil cooperados, 60 unidades no agro, 12 no crédito, 14 na saúde, 25 no transporte, 8 de bens e serviços, 6 na infraestrutura, uma de consumo. Otimista, o coordenador da Frente Parlamentar do Cooperativismo, o deputado professor Rinaldo acredita na força do sistema em todos segmentos de atividades.

HONRA & POLÍTICA: Sempre atual o velho ditado romeno “a mudança de governantes é a alegria dos tolos”. Apesar da vigilância pela internet, políticos ignoram os valores necessários na vida pública e privada. Utopia exigir políticos comparáveis, por exemplo, ao general Charles de Gaulle, referência em seriedade e honradez no poder.

‘TALENTOSO’:" ( )...o ministro Alexandre Silveira, de Minas e Energia é um sujeito modesto. Político há quase duas décadas se apresenta aos eleitores como ex-policial, servidor público e parlamentar...( )... esconde atrás da porta de sua modéstia uma evolução patrimonial invejável. Em 2006 quando disputou seu primeiro mandato, ostentava patrimônio de R$2,6 milhões, em valores atualizados. Hoje, acumula uma riqueza de mais de R$79 milhões...” (Josias de Souza - FSP – 26/06/2023)

IMPRESSIONA: A mídia está repleta de notícias locais e nacionais sobre escândalos envolvendo figuras públicas e políticos suspeitos. Pelo odor e outros fatores (leia-se postura dos envolvidos) a população acredita na veracidade do noticiário. A absolvição judicial é inconvincente, incapaz de mudar o conceito de acusados junto a opinião pública.

1-METAMORFOSE: Nas eleições voltam os discursos prometendo refundar a ética. Mas os poucos navegantes ousados acabam tragados pelo rebojo das águas de outros interesses pessoais/partidários. Exemplos ocorreram nas eleições estaduais de 2022.  O sistema de ‘2 turnos’ obriga os políticos retirarem as máscaras usadas no 1º turno.

2-METAMORFOSE: Os discursos e posturas dos candidatos ao Governo Estadual no  primeiro e o segundo turno mostraram faces diferentes. Dois casos emblemáticos: o apoio do candidato Puccinelli (MDB) ao seu ex-concorrente Capitão Contar (PRTB) e aquele apoio do líder Zeca do PT ao ex-opoente Eduardo Riedel (PSDB).

VALE TUDO: No segundo turno vale futuros cargos na administração, vale promessa de novas alianças, vale obras para empreiteiras de gente mancomunada financiando a campanha e assim por diante. Essa balela usual de ‘identidade partidária’ para tentar justificar alianças estranhas, pecaminosas, não passa de papo para boi dormir.

‘OUTSIDERS’: Estarão presentes no pleito de 2024? Sim, com aquele discurso crítico e promessas utópicas.  Em várias cidades figuras despreparadas serão adotadas como representantes do eleitor desconectado. Há chances de renovação ‘tsunami’, sem rosto.  É o ‘efeito Tiririca’ já constatado pelos adesivos nos veículos - “amigos do...”   

E AGORA?: Que tal lembrar o conceito de Leon Tróstski, ex-ministro da Defesa da União Soviética após a chegada ao Kremlim: “...é imperativo, para que o socialismo consolide o poder, desarmar a população. A história nos ensina que não se pode tomar o poder onde o povo está fortemente armado. Um povo armado é um povo livre”.

DOURADOS: Sobre o habitual cenário político indecifrável e seu futuro, um colega da terra definiu: “Dourados? Definitivamente não é para amadores”. Se fosse ainda vivo, nem mesmo o pesquisador francês Champollion (que decifrou os hieróglifos egípcios a mando de Napoleão) garantiria uma solução inquestionável.

É DEMAIS: Em 2011 a Caixa Econômica Federal usou num filme um ator branco interpretando Machado de Assis (filho de negro com uma portuguesa branca). Entidades reagiram - apesar do escritor ser apenas moreno. Sob pressão, a Caixa suspendeu a campanha substituindo o personagem de Machado por um ator negro.  Imagine o Pelé jogando hoje e sendo chamado de ‘negão’.

BRONCA: Os resultados do censo causando reclamações e motivando até piadas nas redes sociais. A reclamação é que os números apresentados são inconsistentes, não refletem a realidade das cidades. Aqui não tem sido diferente. Os casos da capital e de Corumbá – por exemplo – mostram isso. Concluo questionando se todos os lares foram visitados pelos recenseadores.

O DUELO: A fronteira entre a mentira e a verdade mistura hábitos e necessidades. Uns mentem para ganhar dinheiro, outros para ganhar poder, poucos para ter os dois e muito para sobreviver. Vivemos a era da mentira. Desde sempre a mentira é parte integrante do ser humano, uma espécie capaz de conquistar muito mais coisas mentindo do que dizendo a verdade. Ninguém jamais venceu uma guerra falando a verdade; muito menos uma eleição. (Marcelo Tognozzi)   

‘CALMANTE?’ Segundo dados oficiais existem 68 milhões de brasileiros que estão inadimplentes em suas contas do dia a dia. Daí chega-se a conclusão óbvia de que pouco adianta – ou quase nada – o governo oferecer carros populares ao custo de R$60 mil se eles não tem grana para abastecer ou arcar com as prestações com juros lá em cima.

REFLEXÃO: “Na vida, cada um leva sua carga de vícios, virtudes, afetos e desafetos, até que se resolva por desfazer-se do que julgar necessário. A vida é feita de partidas e chegadas. De idas e vindas. Assim, o que para uns parece ser a partida, para outros e a chegada” (da parábola contada pelo saaudoso rabino Henry Sobel quando da morte de Mario Covas)

PONTO FINAL:

Corrupção escondida vale tanto como pública; a diferença é que não fede. (Machado de Assis)

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