O que temos de novo para viver em 2025?
Com a chegada de um novo ano, surge a inevitável reflexão sobre o ciclo que se encerrou e as possibilidades que se abrem. O ano de 2024 foi marcado por desafios que testaram nossa resiliência: crises políticas, instabilidades econômicas, desastres climáticos e as consequências de um mundo que parece mais polarizado do que nunca. No entanto, mesmo em meio ao caos, a virada para 2025 traz consigo a esperança — mesmo que tênue — de dias melhores.
Em 2024, fomos confrontados com a fragilidade de nossas estruturas sociais e ambientais. A escalada de eventos extremos reforçou a urgência de repensarmos nossas práticas como indivíduos e sociedade. Conflitos globais e crises locais evidenciaram a necessidade de um diálogo mais empático, de ações mais responsáveis e de uma cooperação que transcenda fronteiras e interesses imediatos.
A entrada em 2025 nos mostra que a esperança não é passiva; ela é construída através de atitudes concretas e decisões diárias, penso que talvez a grande pergunta não seja "o que temos de novo para viver?", mas sim "o que podemos fazer de novo?" Podemos reformular nossa forma de nos conectar com os outros, buscar formas mais sustentáveis de viver, participar ativamente de causas que consideramos justas e, sobretudo, cultivar o otimismo como um ato de resistência diante das adversidades.
Um novo ano é, em essência, um convite ao recomeço. É um espaço em branco onde podemos registrar nossas intenções e esforços, mesmo quando o contexto não parecer favorável.
Para que 2025 seja melhor do que 2024, precisamos transformar nossas frustrações em combustível para mudanças reais, seja no âmbito pessoal, investindo em nossa saúde mental e emocional, ou no coletivo, engajando-nos em ações que beneficiem nossa comunidade, cada passo conta.
Por mais que o caos de 2024 ainda ecoe no início deste novo ano, é possível vislumbrar caminhos diferentes. É preciso acreditar que, mesmo em meio às dificuldades, há sementes de transformação esperando para germinar. O futuro pode não ser garantido, mas é sempre construído. Que em 2025 possamos viver não apenas com a esperança de um mundo melhor, mas com o compromisso de torná-lo possível.
(*) Lia Rodrigues Alcaraz é psicóloga formada pela UCDB (2011), especialista em orientação analítica (2015) e neuropsicóloga em formação (2024). Trabalha como psicóloga clínica na Cassems e em consultório.
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