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Direto das Ruas

Além de clima seco, poeira de obras deixa moradores do Ramez Tebet "no deserto"

Moradora diz que problema começou após o início das obras de asfaltamento da Rua Maria da Glória Ferreira

Por Mylena Fraiha | 10/09/2024 18:58

Além do clima seco e da fumaça de queimadas, a poeira das ruas sem asfalto tem deixado os moradores do Residencial Ramez Tebet, em Campo Grande, em um verdadeiro “deserto” durante as obras de implementação de asfalto na região.

Em um vídeo enviado ao Direto das Ruas, é possível ver que a Rua Maria da Glória Ferreira, uma das principais do bairro, fica tomada pela poeira sempre que veículos passam pelo local. De acordo com uma aposentada e moradora da região, o problema começou na semana passada, logo após o início das obras de asfaltamento.

“Estão mexendo para colocar asfalto, tamparam buracos e nivelaram. Só que prometeram passar com um caminhão-pipa para abaixar a poeira. Disseram que iam passar o caminhão no domingo, mas até agora nada. Os motoqueiros esperam a poeira baixar porque fica sem visibilidade”, reclama a moradora.

Para Fernanda, que mora na região desde 2009, esta é “a pior seca que já viu nos últimos anos”. Segundo ela, muitos vizinhos, principalmente idosos, têm sofrido com o tempo seco e a poeira. “Agora tá pior, por causa dessa terra. Tem uma senhora, vizinha, que está rouca, espirrando. Outro idoso que depende de moto explicou que não conseguiu cantar no coral da igreja porque estava rouco. Muitos têm reclamado de problemas de saúde por causa da poeira e do tempo seco', lamenta.

Para tentar contornar a situação, Fernanda também aponta que tem se hidratado mais, tanto durante o dia quanto na hora de dormir. “Tenho tomado muita água, uso máscara, coloco toalha molhada no chão do quarto e ligo o umidificador”, explica.

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Campo Grande para saber se algum caminhão-pipa ou outra medida será feita para diminuir a poeira na região. O espaço segue aberto para futuros posicionamentos.

Cuidados com a saúde Na tarde de hoje (10), a única Estação de Monitoramento do Ar de Campo Grande, a QualiAr, atribuiu nota 92 para a qualidade do ar da cidade, considerada “ruim”. Vale lembrar que o equipamento só mede dois tipos de poluentes na Capital, quando o ideal seria monitorar seis.

Toda a população, especialmente aqueles em grupos vulneráveis, pode apresentar problemas de saúde relacionados à qualidade do ar e às condições climáticas atuais.

O diretor-geral do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), Paulo Eduardo Limberger, destaca que pessoas com problemas respiratórios, como asma, bronquite e alergias, podem ter sintomas intensificados. “O ressecamento das mucosas facilita infecções oportunistas, como resfriados e gripes”, afirma.

A saúde da pele também pode ser afetada. “O calor e a baixa umidade causam ressecamento da pele e dos lábios, resultando em pruridos, rachaduras e dermatites. O desconforto é comum e pode levar ao aparecimento de lesões”, completa o diretor.

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