Bebê tem suspeita de dengue e mãe denuncia loja de plantas com terreno sujo
Loja de mudas, segundo a moradora, mantém terreno com parte frontal limpa para esconder fundos onde resíduos se acumulam
Moradora da Rua Brilhante em Campo Grande, enfermeira de 35 anos denuncia que proprietários de loja de mudas na mesma vi mantêm terreno com acúmulo de sujeira, resto de plantas e entulhos. Ela vive ao lado do terreno e conta que o filho, um bebê de oito meses, está doente, com sintomas de dengue. Ela acredita que a infestação de mosquitos aedes aegypti venha do terreno.
Segundo ela, que pediu para não ter o nome relevado por medo de retaliação, os responsáveis pela loja Tom Mudas fizeram “uma maquiagem”, com a parte frontal limpa no terreno, para esconder os fundos com acúmulo de plantas e até vasos com água abandonados.
“Eu moro nessa casa faz 3 anos, na Brilhante, eu moro no sobrado em cima de uma loja. O terreno é ao lado da minha casa, e a loja fica na frente. O terreno inclusive está a venda. Quando eu mudei era bem limpinho, era bem cuidado. Mas há uns dois anos decidiu não cuidar mais, começou a cortar as plantas velhas e jogar aqui. Ele plantou grama na frente, se você ver fica meio maquiado”, explica.
Ele afirma que a situação está insustentável, o que faz com que a família que tem até idosa em quarentena, tenha de manter portas e janelas fechadas, pelo excesso de mosquitos que causam dengue e outras doenças. Ela cita ter ligado várias vezes para o proprietário.
"De um ano pra cá começou a ficar insustentável. Ele fala ‘eu vou ver com meu pai’”, comenta ela, que afirma ter ligado duas vezes para o proprietário e ter entrado em contato várias vezes com a Prefeitura.
“Levei meu bebê na pediatra porque ele estava com febre, tem oito meses. Meu marido já pegou dengue, não posso provar que o mosquito veio dali, mas provavelmente sim porque estamos todos em casa de quarentena. Ele [bebê] está com febre, as plaquetas começaram a cair, liguei ontem de novo [para a Prefeitura], devia ter gravado a conversa, falei: ‘vocês não limparam, já denunciei', não sei se é sobrecarga [de trabalho]”, comenta.
A reportagem tentou contato com a Prefeitura de Campo Grande e com o proprietário da loja de mudas, mas não conseguiu resposta até a publicação da matéria.
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