ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
JULHO, TERÇA  23    CAMPO GRANDE 16º

Direto das Ruas

Escola de mães procura voluntários para levar apoio e saúde mental a mulheres

Projeto existente desde 2014 atende mulheres mães da favela Morro do Mandela e da Aldeia Água Bonita

Paula Maciulevicius Brasil | 19/05/2021 12:27
Em tempos de pandemia, escola tem voltado com ações mantendo distanciamento e com todos usando máscara. (Foto: Arquivo Pessoal)
Em tempos de pandemia, escola tem voltado com ações mantendo distanciamento e com todos usando máscara. (Foto: Arquivo Pessoal)

Cuidando de quem cuida. É este o lema do trabalho iniciado ainda em 2014, em bairros de periferia de Campo Grande e aldeias indígenas. A "Escola de Mães Luz" agora busca voluntários que possam unir esforços para trabalhar o lado social e também a saúde mental de mulheres mães no Morro do Mandela e na aldeia indígena Água Bonita.

Criado pela professora Silvia Tavares Farina, a escola de mães é um projeto social de acolhimento a mulheres em situação de vulnerabilidade que realiza primeiro uma triagem para identificar a necessidade delas e depois monta ações divididas em 18 encontros que trabalham desde saúde mental, fortalecimento de autoestima até empreendedorismo.

Criadora do projeto, Silvia fala como mulheres podem transformar o pouco em muito. (Foto: Arquivo Pessoal)
Criadora do projeto, Silvia fala como mulheres podem transformar o pouco em muito. (Foto: Arquivo Pessoal)

"Cuidar de quem cuida é uma coisa muito nobre. Eu tento passar para essas mulheres a capacidade delas se reinventarem e de conseguirem do pouco fazer muito, mas para isso precisam contar com um grupo", explica Silvia, de 57 anos, em um dos vídeos de apresentação da escola no canal do Youtube.

Itinerante, as ações da escola ficaram paralisadas durante os meses de maiores casos de covid-19 na Capital e está voltando, aos poucos, e respeitando todo o protocolo de biossegurança.

Antes de iniciar qualquer trabalho, a escola estuda o local, apresenta o projeto e marca uma primeira roda de conversa, onde muitas vezes as mães questionam quanto aqueles encontros podem custar. "E eu sempre digo que vai ser o que você tem de mais caro, que é o seu tempo, a sua energia", responde Silvia.

Ao lado de Silvia, está a psicóloga e ativista social Kétilly Gomes que trabalha diretamente no acolhimento dessas mães unindo trabalho social com saúde mental. "Trabalhar com a saúde mental é fundamental na estrutura dessas mulheres. Uma mãe com estrutura mental e saúde emocional consegue direcionar melhor a sua vida e lidar melhor com seus filhos", destaca a psicóloga.

Na prática, as duas trabalham com planejamento de vida, rotina saudável e encaminhamento de mulheres para cursos de empreendedorismo. "Fazemos intervenções, buscamos unir redes de apoio, temos campanhas de roupas, calçados e damos assistência com cestas básicas", exemplifica a ativista.

Ativista social, Kétilly se juntou ao projeto para trabalhar a saúde mental das mães. Na imagem, ela está ao lado de Silvia. (Foto: Arquivo Pessoal)
Ativista social, Kétilly se juntou ao projeto para trabalhar a saúde mental das mães. Na imagem, ela está ao lado de Silvia. (Foto: Arquivo Pessoal)

A escola tem um olhar para além da assistência solidária o que inclui um trabalho de escuta, encaminhamento para os órgãos indicados quando necessário. "Um dos braços da escola de mães são os projetos de empreendedorismo, de ensiná-las a fazer algo. Ter um olhar para o além", descreve Kétilly.

Atualmente, só no Morro do Mandela, a escola atende 175 famílias, totalizando 450 pessoas entre eles, crianças e adolescentes de 0 a 12 anos.

Em abril, Silvia e Kétilly deram start no canal da escola no Youtube, onde pretendem compartilhar as ações para conseguir apoiadores. "Nosso objetivo é o de transformar a escola em política pública, porque ela é viável, prática, de alcance e transformação rápida", explica a psicóloga.

Para saber como apoiar, ajudar e se tornar um voluntário da Escola de Mães Luz entre em contato pelos telefones: 9-9979-2665 ou 9-9295-7938. Acompanhe o trabalho das voluntárias também pelo canal no Youtube.

"Gostaríamos de fazer um convite para quem quiser fazer parte da nossa equipe e somar com a gente, ser um ponto de luz para juntos levarmos luz para essas mulheres que tanto necessitam do nosso apoio", finaliza Kétilly.

Parte do trabalho de um dos 18 encontros realizados com as mulheres mães. (Foto: Arquivo Pessoal)
Parte do trabalho de um dos 18 encontros realizados com as mulheres mães. (Foto: Arquivo Pessoal)

Direto das Ruas – A sugestão chegou ao Campo Grande News por meio do canal Direto das Ruas, meio de interação do leitor com a redação. Quem tiver flagrantes, sugestões, notícias, áudios, fotos e vídeos pode colaborar no WhatsApp pelo número (67) 99669-9563. Clique aqui e envie agora uma sugestão.

Para que sua imagem tenha mais qualidade, orientamos que fotos e vídeos devem ser feitos com o celular na posição horizontal.

Nos siga no Google Notícias