Família pede ajuda para alimentar bebê que viu mãe ser torturada por 1 mês
Criança de 1 ano e 8 meses está sob cuidados de familiares desde o feminicídio da mãe
Após Francielli Guimarães Alcântara, de 36 anos, ser morta por Adailton Freixeira da Silva, de 46 anos, seu filho de 1 ano e 8 meses está sob cuidados de familiares. Com dificuldades para comprar os itens necessários, eles pedem por ajuda para adquirir fraldas, leite e até sapatos.
Uma das filhas de Francielli, de 21 anos, explicou que o bebê foi recebido apenas com uma troca de roupas. “Ele veio sem nada porque foi bem inesperado. As coisas dele estão naquela casa e não queremos ir até lá”, conta.
Ela diz que o menino já recebeu doações de roupas, por isso pede por sapatos número 25, leite e fraldas tamanho G. A jovem também relatou que o irmão está traumatizado por ter presenciado as violências contra a mãe, por isso tanto ela quanto ele precisam de consultas psicológicas.
“Ele tem um pouco de dificuldade para comer e acho que devido ao trauma, ele não consegue falar. Só chama pela mãe, grita e fala algumas coisas enroladas. Estamos recebendo bastante ajuda, mas precisamos dessas coisas”, disse.
Quem puder ajudar a família pode enviar mensagem pelo WhatsApp através do número (67) 99675-6444.
Histórico - Conforme apurado pela Polícia Civil, Adailton manteve Francielli em cárcere e sob tortura durante 27 dias na casa em que vivia com o bebê e o outro filho, de 17 anos. As agressões só terminaram no dia 26 do mês passado, quando ele a matou por estrangulamento.
Durante quase um mês, ela foi torturada com choques, pancadas na cabeça, perfurações pelo corpo e teve os dentes quebrados, assim como o cabelo cortado. De acordo com as investigações, uma traição por parte de Francielli foi o que motivou as sessões de tortura. Ela teria confessado para o marido que o havia traído e que o bebê seria filho do ex-amante.
Após fugir de Campo Grande, Adailton foi encontrado na rodoviária de Cuiabá na segunda-feira (31) e foi trazido de volta para a Capital hoje.
A pedido dos familiares, por segurança, a reportagem não publicou o nome das pessoas que estão com a guarda da criança.
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