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Capital

Fugitivo é capturado em MT por torturar e matar a esposa em Campo Grande

Adailton Freixeira da Silva era procurado há 5 dias, desde a morte da mulher, Francielli Guimarães

Silvia Frias e Beatriz Magalhães | 31/01/2022 17:20
Francielli foi morta pelo marido, Adailton, que a mantinha em cárcere. (Foto: Reprodução)
Francielli foi morta pelo marido, Adailton, que a mantinha em cárcere. (Foto: Reprodução)

Após cinco dias foragido, Adailton Freixeira da Silva, 46 anos, foi preso esta tarde, na rodoviária de Cuiabá (MT). Ele estava sendo procurado pela morte da mulher, Francielli Guimarães Alcântara, 36 anos, torturada durante 27 dias, na frente dos filhos, na casa em que vivia, no Portal Caiobá.

A prisão foi confirmada esta tarde pela delegada Elaine Benicasa, titular da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).

A delegada Maíra Pacheco explicou que houve informação de que ele estaria na casa dos pais, no Bairro Lagoa Park e a equipe da Polícia Civil, com apoio do Batalhão de Choque fez cerco no local por mais de 3h30. Enquanto a equipe estava no bairro, também recebeu informação de que ele poderia estar em Cuiabá (MT), onde ele tinha um familiar.

Maíra Pacheco chegou a conversar com Adailton, pedindo que ele se entregasse, mas, antes mesmo de qualquer ação dele, o suspeito foi preso pela polícia de Mato Grosso. "Estava de mochila, já estava sentindo o cerco", disse a delegada.

Adailton Freixeira deve ser indiciado por homicídio qualificado por feminicídio, tortura e cárcere privado. Ainda não há informações da transferência dele para Campo Grande.

Investigação - Hoje, a Polícia Civil fez buscas na região do Bairro Lagoa Park, onde os familiares de Adailton residem. Os pais e o filho dele com Francielli, de 17 anos, prestaram depoimento na delegacia.

Logo após, a delegada Maíra Pacheco falou sobre as investigações que ainda estavam em andamento. Pouco mais de 20 minutos depois, foi divulgada a prisão de Freixeira.

Francielli (esq) foi morta após ser torturada por 27 dias, em casa. (Foto: Reprodução)
Francielli (esq) foi morta após ser torturada por 27 dias, em casa. (Foto: Reprodução)

A morte – Desde o dia 1º de janeiro desse ano, Francielli era mantida em cárcere privado. O adolescente, filho do casal, também era mantido prisioneiro dentro da residência. A Polícia Militar chegou a ir ao local cerca de 3 vezes, mas Francielli, com muito medo das ameaças e torturas que recebia, dizia que estava tudo bem e dispensava a viatura.

Francielli morreu na madrugada de quarta-feira (26), estrangulada com uma corda. O caso

Delegadas Maíra Pacheco (esq) e Elaine Benicasa, da Deam. (Foto: Paulo Francis)
Delegadas Maíra Pacheco (esq) e Elaine Benicasa, da Deam. (Foto: Paulo Francis)

chegou até à 6ª Delegacia de Polícia Civil depois que a equipe do SVO (Serviço de Verificação de Óbitos) viu os ferimentos no corpo de Francielli.

Adailton Freixeira fugiu em seguida e imagens de circuito de segurança mostraram ele deixando a casa em moto Honda CB 300 (colaborou Ana Beatriz Rodrigues).

A polícia apreendeu objetos de trabalho dele, como soldador, que podem causar queimaduras, um dente e outros objetos que serão analisados para verificar se foram usados nas sessões de tortura.

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