Mães reclamam de demora de 4h para atendimento em posto de saúde
Imagens mostram unidade superlotada, com pacientes aguardando no chão
Três mães entraram em contato com o Campo Grande News, pelo canal Direto das Ruas, nesta quarta-feira (24), para relatar a demora no atendimento no CRS (Centro Regional de Saúde) Coophavila ll. A unidade fica localizada na região sudoeste na Capital. As mães relatam que cerca de 30 pessoas aguardam atendimento. Nas imagens recebidas, é possível verificar pacientes aguardando atendimento deitados no chão da unidade.
A assistente de educação infantil Priscila Dias, de 34 anos, conta que foi até o centro porque está com pneumonia e está sentindo falta de ar e dor no peito. "Cheguei aqui às 7h, fiz um raio X ontem e preciso mostrar para o médico", comentou a assistente. Ela conta que a unidade está superlotada, com pacientes aguardando atendimento deitados no chão. Priscila precisou levar o bebê de um ano para acompanhá-la.
A faxineira Sandra Aparecida Jara, de 35 anos, relata que o atendimento está crítico. "Eles dizem que três médicos estão atendendo a emergência, que tem pessoas sendo intubadas, mas estamos desde 7h30 esperando atendimento", contou a faxineira. Sandra precisou comparecer ao centro hoje pois a filha de 8 anos está com sintomas gripais, com muita tosse e febre.
A faxineira Ana Kelly dos Santos, de 30 anos, relata que a filha de 9 anos precisa tomar antibiótico intravenoso todos os dias na unidade, desde domingo, devido a uma infecção. "Ela tem horário para tomar o antibiótico. Era para ter tomado às 7h e estamos até agora esperando", comenta Ana.
O Campo Grande News procurou a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) que informou, em nota, que o quadro de médicos da unidade estava completo, com cinco clínicos atendendo. Apesar da alta demanda, os pacientes estavam sendo atendidos conforme tempo protocolar, que é de até 4h para casos de menor gravidade.
A secretaria ainda ressalta que o CRS e Upa (Unidade de Pronto Atendimento) são unidades de urgência e emergência, nas quais o atendimento se dá por classificação de risco, em que os pacientes em estado grave são priorizado em detrimento dos demais.
A nota ainda informa que nas unidades há pacientes em observação ou que aguardam transferência, que precisam ser avaliados periodicamente pela equipe médica e de enfermagem.
O atendimento se estende as intercorrências de urgência, como casos de pacientes que chegam em parada cardiorrespiratória e precisam ser estabilizados, por exemplo.
Matéria editada às 16:28 para acréscimo de nota da Sesau (Secretaria municipal e saúde).
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