Professor diz que regras de ecoponto prejudicam a vizinhança
Segundo relato, limite de descarte estabelecido por dia atrapalha a logística dos moradores
O professor Lucas dos Santos Precioso, 36 anos, procurou o Campo Grande News para relatar que o limite de coleta, por morador, e a restrição de objetos que podem ser recolhidos, no ecoponto Panamá, no Bairro Vila Almeida, em Campo Grande, estão prejudicando a vizinhança.
De acordo com Lucas, o ecoponto não recolhe pneus, telhas de amianto e lâmpadas queimadas, e ainda estabelece o limite de 1m³ de lixo descartado por morador. Segundo explica o professor, se uma pessoa precisa descartar dois objetos diferentes, como um sofá e um colchão, ou restos de limpeza de quintal ou jardinagem, não consegue por conta do limite.
O professor observa que, na situação citada, precisaria voltar mais de um dia ao ecoponto para efetuar o descarte. "Eu não vou todo dia lá descartar um metro cúbico. Eu acho um absurdo. Eu quero descartar de uma maneira consciente, de uma maneira responsável, e aí eu chego lá e não pode".
As imagens encaminhadas por Lucas, por meio do Direto das Ruas, mostram colchões, telhas, televisor e diversos itens plásticos descartados na rua. O professor observa que, se o ecoponto recebesse todos os materiais, sem limite de quantidade por morador, seria mais fácil descartá-los no local correto.
“O pessoal vai continuar jogando lixo em qualquer lugar. É difícil trabalhar a consciência das pessoas, e fica mais difícil quando as pessoas que deveriam trabalhar essa consciência, ficam dificultando. Se já colocou um ecoponto ali, então faça ter sentido.”
O professor também observa que aos arredores do Poliesportivo Vila Almeida não possui lixeiras de coletas seletivas, e detalha que o local tem um grande fluxo de pessoas. Ele opina que as lixeiras também ajudariam a diminuir o descarte irregular. “A outra tentativa é melhorar essas regras do ecoponto”.
A reportagem entrou em contato com a Solurb, para questionar o motivo de limitar a quantidade de lixo que pode ser descartada pelos moradores e questionar onde os moradores poderiam descartar os objetos que não são recolhidos nos ecopontos. O espaço segue aberto para a resposta.
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