"Rio não tá para peixe": em dia de pesca, guia encontra sete onças no Pantanal
Guia de pesca estava acostumado a ver onça, mas não sete de uma vez só
Era para ser só mais um dia na rotina do guia de pesca Matheus Reis da Silva, de 25 anos, levando um turista para conhecer o Pantanal de Miranda, mas sete onças-pintadas cruzaram seu caminho na manhã de ontem (2).
"Vou pescar todo dia, então já vi várias vezes (onça), mas sete assim, de uma vez, nunca. Uma ou duas é normal, mas sete foi a primeira vez", relatou.
O vídeo foi feito no Rio Miranda, entre o Morro do Azeite e o trecho das Laranjeiras. O turista que estava com Matheus, sem costume de ver o animal selvagem, ficou emocionado.
"Ele nunca tinha visto tanta onça né. Eu já estou acostumado então não tenho medo, é só não abusar muito, tem que deixar a privacidade dela. Lá é a casa dela, não nossa", ressaltou Silva.
Ele trabalha na região há cinco anos e acredita que as onças tenham saído da mata para tomar água do rio, devido à seca. "Não tem lagoa nas represas lá dentro da mata, ai como o tempo tá muito seco, elas descem pra beber água no rio".
Tempo seco - A estação úmida do bioma, que conecta lagoas e forma ampla área alagada, costuma ocorrer entre os meses de outubro e março, enquanto a seca se estende de abril a setembro.
De janeiro a julho, o Pantanal já perdeu mais área por incêndios que no mesmo período, no ano passado. O aumento no território queimado foi de aproximadamente 29%, de 99,5 mil para 128,9 mil hectares, segundo o Lasa (Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais) da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
Até o fim do ano, decreto de situação de emergência em 14 cidades entra em vigor, com situações especiais para combate a incêndios florestais nos próximos 180 dias.