Após deficit, balança comercial se recupera com 5 meses de saldo
A balança comercial de Mato Grosso do Sul, que entrou o ano contabilizando mais importações do que exportações, vem se recuperando. O saldo foi negativo em janeiro e fevereiro, quando as importações foram superiores a US$ 70 milhões. No entanto, o saldo é positivo de março a julho, segundo dados do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).
Em julho, MS exportou o equivalente a US$ 546,7 milhões e importou US$ 305,5 milhões, diferença de US$ 241,1 milhões. O mês com maior saldo é junho, quando o valor total das exportações foi US$ 259,3 milhões superior ao montante referente as importações.
Dentre os dez produtos mais exportados por Mato Grosso do Sul, apenas dois contabilizam aumento nas vendas, entre janeiro e julho deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. As negociações de açúcar de cana cresceram 18% e de milho em grão aumentaram 141%.
As exportações de milho passaram de US$ 52,2 milhões para US$ 126,3 milhões, enquanto as negociações de açúcar de cana saíram de US$ 170 milhões para US$ 201,3 milhões. Como o 11º, entre os que mais exportam está o papel fibra, que ampliou as vendas externas em 96%.
No total, as exportações tiveram queda de 13,2%. O Estado vendeu a outros países o equivalente a US$ 2,9 bilhões, nesses sete meses. No mesmo intervalo de 2014, foram US$ 3,3 bilhões. Mesmo com a retração, o balanço é positivo. MS exportou mais do que importou no balanço dos sete meses. O Estado importou US$ 2,2 bilhões. A diferença entre exportação e importação é de US$ 673,6 milhões.
Conforme os dados, continuam em queda as exportações de soja (-2%), pasta química de madeira (-5%), carnes desossadas e congeladas de bovinos (-40%), pedaços e miudezas, congelados de galos e galinhas (-10%), farinhas da extração de óleo de soja (-8%), minérios de ferro não aglomerados e seus concentrados (-69%), outros couros bovinos, incluindo búfalos (-35%) e carnes desossadas de bovino frescas ou refrigeradas (-14%).
Países - O maior comprador de MS continua sendo a China, que no período de sete meses, aumentou a importação em 9,5%. Já os outros quatro maiores compradores retraíram as compras. Itália importou 11% a menos, Argentina menos 58%, Holanda comprou 48% a menos e as vendas para a Rússia caíram 65%.
Em contrapartida, Vietnã e Irã ampliaram as importações dos produtos sul-mato-grossenses em mais de 100%, Egito comprou 138% a mais e Nigéria negociou com MS 188% a mais, na comparação com os sete primeiros meses de 2014.