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Economia

Até apurar aumento abusivo, Procon solicita suspensão de cortes de energia

Assustados com o aumento das contas, muitos consumidores não pagaram as faturas e correm o risco de terem o serviço suspenso

Izabela Sanchez e Danielle Valentim | 25/01/2019 11:08
Superintendente do Procon, Marcelo Salomão, durante reunião na Câmara Municipal (Foto: Danielle Valentim)
Superintendente do Procon, Marcelo Salomão, durante reunião na Câmara Municipal (Foto: Danielle Valentim)

Superintendente do Procon (Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor), Marcelo Salomão pediu, nesta sexta-feira (25), que a concessionária de energia Energisa suspenda cortes no serviço. O pedido ocorreu durante reunião na Câmara Municipal, onde são ouvidos consumidores e representantes da empresa após diversas reclamações sobre o aumento das faturas.

Salomão pediu que os cortes sejam suspensos, ainda que os pagamentos das faturas de dezembro e janeiro – alvo das reclamações – não tenham sido pagas. Ele pede que a empresa não suspenda a energia das casas até que o impasse seja resolvido.

O superintendente ainda ressaltou que a Energisa deve fornecer, nesta sexta-feira, um prazo para que a questão seja resolvida. O Procon recebeu em dois dias cerca de 300 reclamações sobre aumento na conta de energia. O número, segundo ele, representa mais de 40%.

Uma das reclamações que exemplificam o aumento considerável na fatura é de um consumidor de uma propriedade rural, onde a fatura passou de R$ 600, segundo o morador, para R$ 16 mil.

Durante a reunião, Salomão ainda declarou que além das reclamações sobre o aumento na fatura e as quedas de energia, o Procon é bastante procurado pela ausência do ressarcimento após danos elétricos. A instituição vai incluir essa reclamação na lista de assuntos encaminhados à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

Aposentado, Leopoldino Lopes, 74, é um dos consumidores que utilizou a tribuna da Casa de Leis para questionar os valores da conta de luz. Ele explicou que em dezembro a conta foi de R$ 232 e em janeiro aumentou para R$ 655. “Na minha casa são dois adultos e duas crianças, não tem como ter um gasto desse tamanho. Eu paguei porque não tem como ficar sem luz, mas queria a devolução”, pediu.

Representante da Segov (Secretaria de Governo) durante a reunião, Carlos Alberto Assis pediu que os vereadores, a Energisa e os consumidores reúnam mais informações para apresentar ao governo. “Estamos isentos e queremos a verdade, para resolver o problema da população”, comentou.

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