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Economia

Bancos públicos demonstram interesse na folha pagamento de servidores municipais

Nova licitação deve ser aberta e, caso resulte deserta, folha de pagamento pode ser ofertada em compra direta

Silvia Frias e Idaicy Solano | 02/05/2023 12:09
Licitação da venda da folha de servidores da prefeitura resultou deserta. (Foto/Arquivo)
Licitação da venda da folha de servidores da prefeitura resultou deserta. (Foto/Arquivo)

A nova licitação para venda da folha de 33,6 mil servidores da Prefeitura de Campo Grande será tema de reunião esta tarde, para fechar os termos do novo edital. Caso a concorrência não tenha interessados novamente, a intenção é oferecer para bancos públicos em negociação direta, possível e prevista na legislação.

Três instituições já demonstraram interesse, segundo a secretária municipal de Finanças, Márcia Okama: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco de Brasília. A secretária falou com a reportagem durante o lançamento da 2ª edição da Maratona de Campo Grande, no Bioparque Pantanal.

A reunião, de acordo com a secretária, será para “fechar as tratativas” sobre o novo edital para a venda da folha de pagamento. As mudanças objetivam tornar a contratação mais atrativa, já que a licitação aberta no dia 11 de abril resultou deserta, ou seja, sem interessados. Nem mesmo o Bradesco, atual instituição que gere a folha, lançou oferta.

Secretária Municipal de Finanças, Márcia Okama, durante evento no Bioparque. (Foto: Idaicy Solano)
Secretária Municipal de Finanças, Márcia Okama, durante evento no Bioparque. (Foto: Idaicy Solano)

No primeiro edital, publicado em 28 de dezembro de 2022, o valor mínimo aceitável a título de oferta seria de R$ 102.915.156,60. Depois, a prefeitura reduziu para R$ 99.356.384,40. Por fim, novo abatimento, desta vez fixando o lance mínimo em R$ 87,4 milhões.

Interesse - O edital já previa a contratação de instituição financeira, pública ou privada (banco ou cooperativa de crédito), para administrar os serviços de pagamento, proventos, aposentadorias, pensões e benefícios dos servidores de Campo Grande.

Márcia diz que é de praxe que os bancos públicos não participem da concorrência e, por isso, a oferta a instituições pode ser a próxima etapa, caso a licitação a ser lançada resulte novamente deserta. “Temos que passar pelo processo licitatório. Dando deserta, pode oferecer aos bancos públicos”, explicou.

A contratação direta é prevista em lei, caso a licitação termine sem interessados, conforme explica o advogado Paulo Eugênio Portes de Oliveira, presidente da Comissão de Direito Administrativo da OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil). Para isso, a negociação é baseada tanto na antiga legislação das licitações (8.666/93) ou na nova lei, a 14.133/2021.

No caso do edital da prefeitura, a contratação direta é possível com base no artigo 24 da Lei 8.666/93, em que a licitação é dispensável “quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta, justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a Administração”. As condições preestabelecidas no edital devem ser mantidas na oferta.

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