Bradesco volta a atender, e bancos começam a tirar cartazes de greve
A retirada dos avisos de greve fixados nas agências bancárias em Campo Grande, na tarde desta quinta-feira (6), pode sinalizar o fim greve de 30 dias da categoria, iniciada em 6 de setembro. Ainda hoje, bancários devem se reunir em assembleia e decidir pelo fim da paralisação.
As primeiras a saírem da greve foram as agências do Bradesco. No início desta semana, uma liminar judicial movida pelo próprio empresa determinou que os funcionários voltassem ao posto de trabalho.
Para o corretor de imóveis Otolino Montes, 59 anos, o retorno da agência foi um alívio para os negócios. "Há um mês não consigo fazer uma transação, e tem assunto que a gente não trata pelo caixa ou internet. Passou da hora de voltar", opinou.
Agências bancárias dos demais bancos, mantiveram-se em estado de greve nesta quinta-feira, e apenas os serviços em caixas eletrônicos estavam disponíveis. Mas com o fim possível fim da queda de braço entre banqueiros e bancários esperada para hoje, algumas unidades já abandonaram os cartazes que indicavam a greve.
“É a melhor proposta que fizeram até agora. Não é o que os trabalhadores esperavam, mas ninguém aguenta mais a greve”, comentou um bancário do Itaú.
Decisão - A assembleia para discutir a nova proposta dos banqueiros, está marcada para começar às 18 horas, na sede do Sindicato dos Bancários de Campo Grande.
Em reunião de negociação ontem (5), os banqueiros propuseram: Reajuste de 8% para 2016 mais abono de R$ 3.500,00; de 15% no vale alimentação; de 10% no vale refeição; e de 10% no auxílio creche-babá; licença paternidade de 20 dias; e criação de um centro de realocação e requalificação, dentro do tema emprego. Para 2017, a proposta prevê reajuste de acordo com a inflação (INPC) mais 1% de aumento real para os salários e em todas as verbas.
Em relação aos dias de paralisação dos funcionários, o sindicato informou que todos os dias serão abonados, em virtude ao direito de greve dos trabalhadores.