Brasil e Paraguai garantem que vão retomar projeto do Corredor Bioceânico
Presidente paraguaio Horacio Cartes participou hoje de reunião em Brasília
Em reunião realizada nesta segunda-feira, no Palácio do Planalto, em Brasília, os presidentes Michel Temer (Brasil) e Horacio Cartes (Paraguai) afirmaram a disposição de apoiar investimentos programados para viabilizar o Corredor Rodoviário Bioceânico, que ligará os oceanos Atlântico e Pacífico, na América do Sul. Em Mato Grosso do Sul, a rota passará por Campo Grande e Porto Murtinho.
Além dos dois presidentes, também participaram da reunião o senador Waldemir Moka (PMDB) e o ministro de Relações Exteriores do Brasil, Aloysio Nunes Ferreira. Cartes, conforme informou Moka via assessoria, mostrou-se empolado com a retomada do projeto.
Cartes afirmou que o Paraguai vai ajudar na conclusão de obras previstas, como a construção da ponte internacional sobre o Rio Paraguai em Porto Murtinho e Carmelo Peralta, e a pavimentação do trecho de rodovia do lado paraguaio.
Na Câmara dos Deputados tramita projeto de decreto legilativo, que prevê acordo entre os governos dos dois países. O texto foi aprovado na CREDN (Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional) e seguiu para a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania), cujo relator é o deputado federal Elizeu Dionísio (PSDB-MS).
Caso aprovado na Câmara, o projeto segue para o Senado, onde, de acordo com Moka, não haverá dificuldade para aprovação. "Creio que a tramitação será rápida, pois não existe divergência nem polêmica sobre essa questão", afirmou o senador.
Ainda de acordo com Moka, o ministro Aloysio Nunes assegurou que vai se reunir com os ministros do Planejamento e dos Transportes para acertar a viabilidade técnica e orçamentária da parte que cabe ao Brasil no projeto. A obra da ponte está orçada em R$ 300 milhões.
Abrangência – O Corredor Rodoviário Bioceânico compreende as cidades brasileiras de Campo Grande e Porto Murtinho, em Mato Grosso do Sul; Carmelo Peralta, Mariscal Estigarribia e Pozo Hondo, no Paraguai; Misión La Paz, Tartagal, Jujuy e Salta, na Argentina; e Mejillones, em Iquique, no Chile.