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Economia

Com dívida de R$ 30 milhões, Americanas fecha loja na 14 de Julho

No âmbito nacional, empresa já fechou outras 28 unidades com cerca de 5 mil postos de trabalho

Gustavo Bonotto | 02/06/2023 21:16
Fachada do estabelecimento já não conta mais com letreiro da rede. (Foto: Juliano Almeida)
Fachada do estabelecimento já não conta mais com letreiro da rede. (Foto: Juliano Almeida)

Com 27 lojas e dívidas que ultrapassam R$ 30 milhões no Mato Grosso do Sul, a Lojas Americanas fechou sua tradicional unidade localizada na Rua 14 de Julho, região central de Campo Grande, durante esta semana.

Conforme apurado, esta foi a primeira loja da rede a ser fechada no Estado diante da recuperação judicial que o grupo responsável pela holding enfrenta. O portal Uol noticiou que outras 28 lojas já foram fechadas em todo o País, afetando cerca de 5 mil postos de trabalho.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa do estabelecimento, assim como o sindicato ligado aos empregados. Em nota, a Americanas S.A. informa que o encerramento das atividades da loja faz parte do plano de transformação da companhia, que prevê ajustes imediatos e de curto e médio prazo com foco na rentabilidade e otimização do negócio.

A Americanas informa que a reavaliação de mix de produtos, gestão, espaço e lucro das unidades, entre outros fatores, é uma dinâmica comum a todo o varejo e pode levar à readequação ou, em último caso, ao fechamento de loja. Os clientes poderão continuar adquirindo produtos e serviços disponíveis em diversas unidades próximas e também no site e app da marca", informa o comunicado.

Histórico - No início de abril, a empresa desistiu da ação que pedia redução no valor do aluguel pelo uso de espaço no Shopping Bosque dos Ipês, que tinha intenção de diminuir o custo mensal de R$ 23,5 mil para R$ 15 mil.

Vale ressaltar que a empresa balançou o mercado no começo de 2023, após a renúncia do CEO Sérgio Rial (ex-Santander), apenas 10 dias depois de assumir o cargo. A empresa entrou com pedido de recuperação judicial em 19 de janeiro, declarando dívida de R$ 43 bilhões.

A companhia pagava fornecedores por meio de uma triangulação com bancos, mas os pagamentos não foram devidamente dimensionados e realizados, gerando a dívida. A empresa não faliu e continua a funcionar, ainda que esteja em fase de contenção de despesas e reavaliação financeira.

(*) Matéria atualizada às 21h42 para acréscimo de imagem.

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