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Economia

Com greve dos bancários, faltam moedas para troco no comércio de Corumbá

Vinícius Squinelo | 10/10/2013 23:15

A greve dos bancários das redes pública e privada está afetando setores da economia corumbaense com a falta de moedas. As de R$ 1 R$ 0,50, são as mais “cobiçadas” atualmente. “Estamos enfrentando esse problema há cerca de duas semanas. Trabalhamos com lanches e com a falta de moedas, a solução quando o valor total do consumo termina em centavos, é dar desconto, esquecer os 10, 20 e até 50 centavos. Também estamos pedindo aos clientes que têm os famosos cofrinhos, que venham realizar a troca, pois, com certeza ajudará o comércio”, disse a empresária Janete Moreira.

Segundo informações do Diário Corumbaense, em uma lavandeira, a caixa Ana Paula Conche Santos, ressaltou que a saída tem sido o pagamento nos cartões de crédito e débito. “As moedas estão em falta e uma de nossas saídas, tem sido o cartão, pois nele, realizamos o desconto exato dos valores. Mas, caso o cliente não tenha o cartão, fazemos um abatimento, mas também há aqueles que deixam para nos dar as moedas depois. O jeito é resolver da melhor forma possível e esperar a greve dos bancos acabar”, apontou.

E a velha “tradição” de dar balas de troco, resolve o problema? O comerciante Ivan Luiz Ribeiro respondeu: “Não, as balinhas não resolvem mais”. O comerciante explicou que os consumidores não estão mais aceitando esse tipo de “moeda de troca”.

“Foram-se os tempos em que dar uma bala de hortelã no lugar de 10 centavos agradava o cliente. Hoje, eles exigem a moeda, não aceitam mais esse tipo de troca. Também estou sentindo a falta de moeda de um real e cinquenta centavos. O jeito é dar o desconto ou, alguns clientes que nos auxiliam, levam outro produto para arredondar a conta. Calculo que nesse mês, eu tenha uma perda de 10% nos lucros devido aos centavos de desconto”, calculou Ivan, em entrevista ao Diário Corumbaense.

Greve - Os bancários iniciaram a greve no dia 19 de setembro. Nesta data, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal em Corumbá aderiram à paralisação nacional da categoria. Já os bancos privados da cidade só aderiram em 26 de setembro. Mas entre os dias 1º e 07 de outubro, os funcionários da rede particular voltaram atender os clientes, retomando a greve no dia 08, terça-feira.

Os bancários pedem reajuste de 11,93% (aumento real de 5%); valorização do piso salarial e dos vales refeição e alimentação, além de melhoria na Participação nos Lucros e Resultados (PLR). A categoria busca elevação do piso salarial dos atuais R$ 1.519,00 para R$ 2.860,21. A Fenaban elevou o reajuste de 6,1% para 7,1%. O índice representaria ganho salarial de 0,97% sobre a inflação.

Há a expectativa de que os bancos reabram na segunda-feira (14), caso os bancários e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) fechem acordo. Nesta sexta-feira (11), é feriado estadual em Mato Grosso do Sul, por conta dos 36 anos da divisão do estado de Mato Grosso e criação de MS.

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