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Economia

Com lei em vigor há uma semana, poucos postos reduziram o preço do óleo diesel

Renata Volpe Haddad | 08/07/2015 17:32
Representantes e deputados se reuniram na tarde de hoje para poderem acompanhar preços e consumo do óleo diesel no Estado. (Foto: Fernando Antunes)
Representantes e deputados se reuniram na tarde de hoje para poderem acompanhar preços e consumo do óleo diesel no Estado. (Foto: Fernando Antunes)

Uma semana após a redução da alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) no preço do óleo diesel, poucos postos de combustíveis em Mato Grosso do Sul abaixaram o preço. Alguns estabelecimentos reduziram o valor no mesmo dia em que a medida foi definida, outros alegam que esperam acabar o estoque do combustível comprado no preço antigo.

Durante reunião da Comissão de Representação da Assembleia Legislativa responsável por acompanhar a variação do preço do diesel no Estado, realizada na tarde hoje, o deputado estadual Paulo Corrêa (PR), nomeado presidente da Comissão, afirmou que em alguns postos de Três Lagoas, distante 338 km de Campo Grande, estavam vendendo o litro por R$ 2,50. "Também soube que em dois postos de Dourados, o litro está saindo por R$ 2,79, além de alguns lugares em Campo Grande que estão com preços de R$ 2,85", comentou.

O assessor técnico da Sinpetro (Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência de Mato Grosso do Sul), Edson Lazaroto, que esteve presente na reunião, disse que os valores de alguns postos em Três Lagoas deve-se ao fato da competitividade entre distribuidoras. "Estamos monitorando e vimos que 50% do comércio do Estado reduziu e com a nova compra do combustível, todos estarão mais baratos. Vamos fiscalizar quinzenalmente os preços e a galonagem", informou.

A Secretaria de Fazenda do Estado tem a previsão do aumento de consumo de 40% a 45% em seis meses, para poder compensar a redução de desoneração tributária. "Com essa medida, o Estado perde R$ 20 milhões por mês. Neste momento de crise que o Brasil vive, essa redução foi uma atitude corajosa do governador. Com o preço antigo, eram consumidos 125 milhões de litros por mês e para que compense a perda de receita, o consumo tem que aumentar 45%", explicou o secretário adjunto de fazenda, Jader Julianelli.

Para o presidente da Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul), Sérgio Longen, o consumidor que é o principal beneficiário precisa cobrar a redução de R$ 0,15 no preço do óleo diesel. "Os fiscais precisam ser os consumidores, se chegarem para abastecer e ver que não reduziu o valor, eles têm que cobrar", afirmou.

O trabalho que a Comissão vai fazer é o acompanhamento dos preços nos postos de todo o Estado e vão se reunir a cada 15 dias para poder avaliar como está o consumo e a procura. "Temos que criar um plano de trabalho de acompanhamento permanente, pois em 31 de dezembro de 2015 a alíquota sobe novamente para os 17% e em janeiro, vamos fazer uma avaliação para saber se valeu a pena tomar essa medida", comentou Longen.

A Comissão volta a se reunir no dia 5 de agosto, pois darão o prazo de um mês para fazer os levantamentos dos postos dos 79 municípios. "Vamos dar esse prazo já que é recente a redução da alíquota e queremos avaliar se realmente o consumo do diesel está aumentando", definiu o deputado estadual, Paulo Corrêa.

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