Com R$ 2,3 bilhões do BNDES, governo destravará obras esperadas há oito meses
Desde o início da gestão, Eduardo Riedel tem buscado alternativas para transformar 900 km de pavimentação
O governador Eduardo Riedel (PSDB) deve sancionar nos próximos dias a lei que autoriza a operação de crédito de R$ 2,3 bilhões ao BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento). Com o recurso, ele poderá ter mais flexibilidade de apresentação de projetos junto ao EPE (Escritório de Parcerias Estratégicas).
A medida era aguardada desde o início da gestão, há oito meses, quando o governador iniciou as tratativas para transformar a logística de transporte do Estado que passa por um boom de desenvolvimento econômico.
O recurso foi autorizado pela Assembleia Legislativa, após segunda votação nesta terça-feira (5). Ao todo, foram 20 votos favoráveis e 2 contrários dos deputados estaduais Rafael Tavares (PRTB) e João Henrique Catan (PL). A matéria tramitou em tempo recorde na Casa de Leis, em menos de duas semanas.
A destinação do valor é para reformas de rodovias no Estado de Mato Grosso do Sul. Ao todo, são 600 km em rodovias estaduais e mais 300 km de recapeamento. Entre as obras previstas está a pavimentação da MS-134, no trecho que fica entre a MS-040 e a BR-267, no distrito de Casa Verde, assim como a restauração da MS-276, que vai do distrito de Indápolis ao município de Deodápolis.
Vale destacar que o financiamento só será possível devido ao momento de boa capacidade de pagamento do Estado, que é letra “A” na Capag (Capacidade de Pagamento), avaliação feita pelo Tesouro Nacional, com indicadores sobre o baixo endividamento, poupança corrente e índice de liquidez do Estado.
Mato Grosso do Sul vai captar recursos da linha “BNDES FINEM”, que financia projetos de investimentos públicos voltados ao aumento da capacidade produtiva e fomento a diversos setores da economia. “Esta linha tem baixo risco, com condições facilitadas, dispondo de juros reduzidos e prazo de amortização considerado maior em relação às demais instituições financeiras nacionais”, assegurou Riedel.
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