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Economia

Com reajuste do ICMS, comércio aumenta preço de bebidas e cosméticos

Liana Feitosa | 23/09/2015 11:15
Trabalhadores do comércio acreditam que repasse ao consumidor será imediato e inevitável. (Foto: Marcos Ermínio)
Trabalhadores do comércio acreditam que repasse ao consumidor será imediato e inevitável. (Foto: Marcos Ermínio)

Enquanto o governo do Estado estuda aumentar a alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre produtos não essenciais, como bebidas alcoólicas, refrigerantes, cigarros e cosméticos, empresários desaprovam e reclamam de medida antes mesmo que ela passe a vigorar.

Gabriel Gibaile, de 42 anos, gerente de uma conveniência que fica na Avenida Ceará, na Capital, considera que o aumento vai deixar a situação mais complicada. "Já está muito pesado gerenciar gastos e vendas. A gente percebe que o governo está tentando tapar os buracos repassando pra gente. Ter mais um aumento de imposto não é nada bom", analisa.

Pechinchar - "O jeito vai ser buscar comprar mais barato, fazer muita pesquisa. A gente sabe que vai ter aumento para o consumidor, é complicado", resume.

Caso a mudança seja aprovada, o governo estadual prevê aumento de R$ 296 milhões na arrecadação de impostos. Entre os produtos que sofrerão reajuste estão os cosméticos que, no Estado, teve crescimento de 9,3% em julho, junto com artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria.

Os dados são da última pesquisa conjuntural do Comércio e Serviços da Fecomércio MS (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso do Sul). Segundo o levantamento, o setor dos serviços prestados às famílias sul-mato-grossenses teve crescimento de 7,1%. Este segmento inclui os serviços de atividades artísticas e esportivas, recreação e lazer, lavanderias, cabeleireiros, tratamento de beleza, entre outros.

O jeito vai ser buscar comprar mais barato, fazer muita pesquisa. A gente sabe que vai ter aumento para o consumidor, é complicado", resume gerente Gabriel Gibaile. (Foto: Marcos Ermínio)
O jeito vai ser buscar comprar mais barato, fazer muita pesquisa. A gente sabe que vai ter aumento para o consumidor, é complicado", resume gerente Gabriel Gibaile. (Foto: Marcos Ermínio)
Caso a mudança seja aprovada, o governo estadual prevê aumento de R$ 296 milhões na arrecadação de impostos. (Foto: Marcos Ermínio)
Caso a mudança seja aprovada, o governo estadual prevê aumento de R$ 296 milhões na arrecadação de impostos. (Foto: Marcos Ermínio)

Também houve crescimento nas vendas no comércio de Mato Grosso do Sul graças ao setor de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, com crescimento de 9,3% em julho deste ano.

Desaquecimento - Por outro lado, Laiane Nogueira, de 28 anos, que trabalha em uma loja de cosméticos que fica na Dom Aquino, Centro da cidade, afirma que o setor já registra queda no movimento. "Trabalho no comércio desde 2009 e percebo que, há dois anos, as vendas começaram a cair. O movimento aqui da loja não é o mesmo de três anos atrás, por exemplo", detalha.

Para ela, o aumento nos impostos com certeza será repassado ao consumidor. "Com isso, automaticamente vai aumentar o preço dos serviços de salão de beleza e da mão de obra dos cabeleireiros. Mas acho que o problema maior é que, tudo está aumentando, menos os salários", finaliza.

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