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Economia

Deficit de R$ 34 milhões é parâmetro para o ano, alerta secretário na Câmara

Paulo Nonato de Souza e Lucas Junot | 02/05/2017 16:13
O secretário municipal de Finanças, Pedrossian Neto (segundo, da esquerda para direita), em audiência pública sobre orçamento de Campo Grande para 2018, nesta terça-feira (Foto: Lucas Junot)
O secretário municipal de Finanças, Pedrossian Neto (segundo, da esquerda para direita), em audiência pública sobre orçamento de Campo Grande para 2018, nesta terça-feira (Foto: Lucas Junot)

No balanço do primeiro trimestre de 2017, março foi o mês mais equilibrado no que se refere às receitas e despesas da Prefeitura de Campo Grande, em comparação a janeiro e fevereiro, mas mesmo assim foi registrado um deficit de R$ 34 milhões, e isso serve de parâmetro para o que se vai viver na administração municipal no resto ano.

A declaração, em tom de alerta sobre o que vem pela frente na economia do município, partiu do secretário municipal de Finanças, Pedro Pedrossian Neto, nesta terça-feira, 02, durante a audiência pública que discute a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2018, uma espécie de prévia do que vai constar na LOA (Lei Orçamentária Anual), na Câmara Municipal.

A LDO e a LOA são os dispositivos que regulam custeio e investimentos da administração municipal, e suas regras são estabelecidas sempre no ano anterior.

O projeto da LDO foi encaminhado à Câmara pelo Executive com a previsão de redução de 3% na receita municipal. “A LDO já sinalizada esse quadro de recessão, e diante disso Executivo e Legislativo precisam pactuar uma proposta realista”, afirmou Pedro Pedrossian Neto em entrevista ao Campo Grande News.

O secretário Pedro Pedrossian Neto defende pacto entre Executivo e Legislativo diante do quadro recessivo (Foto: Lucas Junot)
O secretário Pedro Pedrossian Neto defende pacto entre Executivo e Legislativo diante do quadro recessivo (Foto: Lucas Junot)

Segundo ele, no primeiro trimestre deste ano a arrecadação do município, em suas fontes próprias de recursos, cresceu cerca de 13%, mas ao mesmo tempo a outra fatia das receitas do Tesouro da prefeitura, que são as que dependem do Estado e da União, sofreram uma retração media de 3%. “O ICMS, por exemplo, que é o imposto estadual repartido entre os municipios, houve reduação de 6%”, ressaltou.

Pedrossian Neto afirmou que o primeiro trimestre foi um período bastante atípico nas finançãs da Prefeitura de Campo Grande no que se refere a receita e despeza. “Janeiro e fevereiro foram meses positivos, em que foram pagos 70% do IPTU, que é a principal fonte de arrecadação do município. Meses gordos, por isso atípico do ponto de vista das receitas”, comentou o secretário.

No entanto, Pedrossian Neto considera que os dois primeiros meses de 2017 também foram atípicos do ponto de vista das despesas, considerando que já no primeiro mês da nova gestão a prefeitura teve que arcar com uma situação herdada de R$ 363 milhões de restos a pagar, dos quais R$ 183 milhões já foram pagos.

“Nesse montante está a folha de dezembro, que estava em atraso, o 13º salário dos servidores e o pagamento de alguns fornecedores. O resto ainda está pendente, é o famoso devo não nego, pago quando puder”, declarou.

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