Empresários aprovam incentivos e dependem de mão de obra para investir
Por unanimidade, empreendedores afirmam que barram na falta de qualificação para decidir expandir negócios
![Saguão do prédio da CNI (Confederação Nacional das Indústrias) ficou lotado de empresários e investidores que foram participar do MS Day. (Foto: Álvaro Rezende)](https://cdn6.campograndenews.com.br/uploads/noticias/2023/08/01/24byikdygk2s8.jpeg)
Mais de 400 empresários se inscreveram para participar do MS Day, em São Paulo. A iniciativa do Governo do Estado em parceria com a Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul) deixou evidente que apesar dos diversos incentivos e atrativos para investir em Mato Grosso do Sul, um desafio muito comum para qualquer gestor público no país é garantir a mão de obra qualificada para os empreendimentos.
Foi unanime a ponderação de empresários entrevistados pelo Campo Grande News, ao citar a falta de pessoas capacitadas para trabalhar nas futuras indústrias. Para o vice-presidente da GTFoods, Vinícius Gonçalves, um dos negócios da empresa precisa de especialistas em processamento de frango.
“Temos cerca de 100 funcionários na região de Mundo Novo. O desafio, sem dúvida, é ter pessoas qualificadas, mas para o processo produtivo é mais tranquilo. Ainda estamos engatinhando no Estado. Estamos a menos de um ano e começando a entender como funciona o andamento relacionado ao governo”, justificou.
Ele afirmou que saiu satisfeito com a segurança repassada pelos gestores do Estado na apresentação feita para a empresa nesta terça-feira (1º). “Mato Grosso do Sul tem muito potencial, principalmente para trazer a indústria de frango. Temos a possibilidade de ampliar os negócios. Essa conversa de hoje foi bastante atrativa”, pontuou.
O gestor de Recursos Humanos da Alpha Motion, Leandro Barbosa Torres, afirmou que a fábrica especializada em produção de molas para sofá e colchões sempre teve dificuldades para contratação em Aparecida do Taboado.
![João Carlos Zanchetta, fundador da Zanchetta Foods (ao centro) tem empresa em Batayporã desde 2022 com abate de 800 bovinos diários e geração de 600 empregos diretos. (Foto: Jheffersson Gamarra)](https://cdn6.campograndenews.com.br/uploads/noticias/2023/08/01/2he1lw2d5zoko.jpeg)
“A empresa tem 20 anos e eu estou há 10 nela. Sempre tivemos dificuldade para contratar até hoje. As empresas buscam funcionários em cidades vizinhas. Eu mesmo moro em Santa Fé do Sul e vou todo dia para Aparecida do Taboado trabalhar. Com certeza a gente enfrenta muita dificuldade para contratar principalmente mão de obra qualificada. Por isso, é importante o Sesi e o Senai qualificar essa mão de obra”, justificou Torres.
Presidente da Suzano, que está investindo em uma fábrica de celulose em Ribas do Rio Pardo, Walter Schalka, disse que a formação de mão de obra é uma condição fundamental para a indústria do Brasil.
“Papéis e celulose crescem de uma forma muito acelerada e principalmente em Mato Grosso do Sul, com maior investimento privado do Brasil. Para isso, precisamos de gente bem qualificada urgente. O Senai vai ter um papel fundamental para fazer esse desenvolvimento para ter ainda mais gente bem preparada para o futuro”, vislumbrou.
Com uma planta frigorífica em Batayporã, o fundador da Zanchetta Foods, João Carlos Zanchetta, disse que tem como meta dobrar a produção de bovinos no Estado. “Para o investidor eu vejo que há uma nova postura do governo para os incentivos, mas sinto uma certa falta mão de obra, então é isso que o Estado vai ter que priorizar”.
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