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Economia

Estudos para desestatizar MSGás estão atrasados, diz presidente da companhia

Consultorias tiveram contratos assinados em dezembro de 2017

Kleber Clajus e Ricardo Campos | 08/06/2018 12:15
Diretor-presidente da MSGás, Rudel Trindade, espera que processo seja iniciado antes do fim do ano (Foto: Ricardo Campos Jr)
Diretor-presidente da MSGás, Rudel Trindade, espera que processo seja iniciado antes do fim do ano (Foto: Ricardo Campos Jr)

Estudos financiados pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para a desestatização da MSGás (Companhia de Gás de Mato Grosso do Sul) estariam com atraso, segundo o diretor-presidente da empresa Rudel Trindade. Contratos foram assinados em dezembro do ano passado com consultorias para definir critérios econômico-financeiros.

"Cronograma previa início dos trabalhos em janeiro, mas atrasou e ainda não tem previsão", disse Trindade, durante a inauguração de fábrica de proteína de soja em Campo Grande. O processo, quando iniciado, terá duração de nove meses. "Se começar logo ainda dá tempo de terminar esse ano, senão termina só no ano que vem".

Os serviços licitados pelo BNDES contemplam duas partes. Primeira delas será a avaliação alternativa de valor da MSGás pela American Appraisal Serviços de Avaliação, enquanto a segunda composta por análise, diagnóstico e modelagem de propostas de desestatização são de responsabilidade do consórcio composto pelo Banco Fator, LMDM Consultoria e os escritórios de advocacia Vernalha Guimarães & Pereira Sociedade de Advogados e Souza, Cescon, Barrieu & Flesch Advogados. Ambos os serviços custarão R$ 3,425 milhões.

Leilão para desestatizar a MSGás estaria previsto para o segundo semestre do ano que vem, contudo o diretor-presidente da companhia nega interesse do governo em privatizá-la.

Gás Natural - Atualmente o governo do Estado é sócio majoritário da MSGÁS, com 51% dos ativos. O restante se divide em Gaspetro e Mitsui Gás e Energia, empresa japonesa do setor e que tem expandido seus negócios no Brasil.

Até agora o governo sempre negou suas intenções de privatizar a companhia. Mas o próprio BNDES afirma que as desestatizações, que incluem outros seis estados, são impulsionadas pela decisão da Petrobras de reduzir sua participação em elos da cadeia do Gás Natural.

A distribuição de gás natural canalizado ainda é realizada por empresas de propriedade dos estados na maioria das unidades da federação. O Decreto nº 9.036, de 20/04/2017, autoriza o BNDES a dar suporte aos estados para a estruturação e o desenvolvimento de projetos de desestatização no setor de distribuição de gás canalizado.

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