Governador diz que estudos avaliam o que vai ser melhor para MSGás
Funcionários paralisaram as atividades hoje contra o estudo que pode levar a privatização da concessionária
O governador Reinaldo Azambuja revelou na manhã desta terça-feira (3), durante a abertura da 6ª Conferência de Cidades, que o estudo feito sobre a MSGás tem o objetivo de avaliar o que vai ser melhor para Mato Grosso do Sul.
A afirmação refere-se a paralisação dos funcionários da MSGás hoje contra os estudos conduzidos pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) que, segundo eles, podem levar à privatização da companhia.
De acordo com o chefe do executivo, “cada servidor tem o direito de defender o seu feudo, porém nós estamos fazendo um estudo para ver quanto vale a MSGás. Não tem decisão nenhuma de privatização”, destaca.
Ainda sobre o estudo, Reinaldo detalhou que a oferta surgiu do BNDES para o Estado fazer uma análise da empresa a curto e longo prazo sobre a viabilidade de crescimento da MS Gás, e as expectativas de mercado do gás brasileiro. “Isso incomoda algumas pessoas. Mas, corporativismo é isso, defender seu feudo como se aquele patrimônio fosse seu, mas é do Estado”, pontua.
Paralisação - Os trabalhadores estão em frente à sede da unidade, na Avenida Ministro João Arinos, e às 9h30 seguem para a Assembleia Legislativa, onde participam da sessão ordinária.
Tiago Andreotti é advogado e funcionário da MS Gás. Ele diz que os funcionários foram surpreendidos com o edital para estudo de privatização aberto em julho. “Esse processo, nós ficamos sabendo de um dia para o outro, com a publicação do edital. Não houve uma conversa”, pontua.
O movimento acompanha protestos em todo o país no chamado Dia de Luta pela Soberania Nacional, contrário às concessões de empresas públicas.