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Economia

Gasolina deve cair 9 centavos com redução nas distribuidoras

Petrobras anunciou redução de 4,66% nas distribuidoras, valendo a partir de hoje

Izabela Cavalcanti e Mariely Barros | 16/06/2023 13:12
Gasolina a R$ 5,07, em posto localizado na Avenida Elias Zahran (Foto: Henrique Kawaminami)
Gasolina a R$ 5,07, em posto localizado na Avenida Elias Zahran (Foto: Henrique Kawaminami)

A redução da gasolina nas distribuidoras deve refletir na queda de R$ 0,09 no litro vendido nos postos de Campo Grande. A estimativa foi repassada pelo diretor-executivo do Sinpetro/MS (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes), Edson Lazarotto.

Segundo o Sinpetro, normalmente, a reposição dos estoques demora de três a quatro dias, mas ressalta que o mercado é livre para reajustar os preços tanto para mais como para menos.

De acordo com pesquisa da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), realizada entre os dias 4 e 10 de junho, o custo médio do combustível é de R$ 5,09. O preço mínimo é de R$ 4,89 e o máximo de R$ 5,29.

Se aplicar a nova queda, o preço médio cairia para R$ 5, e o litro ia variar entre R$ 4,80 e R$ 5,20.

O representante comercial Victor Cabral, de 46 anos, ainda acredita que a gasolina está cara. “Devia baixar mais, porque para mim ainda continua compensando mais o etanol. Eu sempre abasteço mais com álcool, porque acaba saindo mais barato”, comentou.

Victor acredita que a gasolina ainda está cara (Foto: Henrique Kawaminami)
Victor acredita que a gasolina ainda está cara (Foto: Henrique Kawaminami)

Segundo ele, por mês, gasta em média R$ 800 abastecendo com álcool. “Se fosse colocar gasolina, ia gastar mais de mil reais. A gasolina fica baixando e subindo mesmo, a tendência não é baixar de uma vez”, completou.

Sebastião abastecendo o veículo, em posto na Avenida Elias Zahran (Foto: Henrique Kawaminami)
Sebastião abastecendo o veículo, em posto na Avenida Elias Zahran (Foto: Henrique Kawaminami)

Para o trabalhador rural Sebastião Cardoso, de 61 anos, a queda não muda na rotina. “Para mim não faz diferença, acho um absurdo, com os impostos acaba ficando muito caro para a gente. Para ficar bom, a gasolina devia ficar R$ 4 na bomba. Uso o carro diariamente e gasto R$ 1.200 por mês”, disse.

Redução nas distribuidoras – Na quinta-feira (15), a Petrobras anunciou queda de 4,66% no preço da gasolina vendido às distribuidoras. O percentual representa R$ 0,13 a menos no litro, passando a custar R$ 2,66.

Considerando a adição de 27% de etanol anidro na gasolina, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 1,94 a cada litro vendido na bomba.

A estatal ressalta que o valor cobrado ao consumidor final também é afetado por outros fatores, como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e da revenda, por exemplo.

“A redução do preço da Petrobras tem como objetivos principais a manutenção da competitividade dos preços da companhia frente às principais alternativas de suprimento dos seus clientes e a participação de mercado necessária para a otimização dos ativos de refino em equilíbrio com os mercados nacional e internacional”, diz parte da nota da Petrobras.

A companhia informa ainda que está tentando evitar o repasse da volatilidade conjuntural do mercado internacional e da taxa de câmbio.

Antes disso, no dia 16 de maio, a Petrobras anunciou queda de R$ 0,40 por litro da gasolina, saindo de R$ 3,18 para R$ 2,78, nas distribuidoras.

Neste caso, o impacto previsto nas bombas dos postos de Mato Grosso do Sul foi em média de R$ 0,29.

No entanto, a queda foi praticamente anulada, já que no dia 1° de junho começou a vigorar o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) fixo em todos os estados, de R$ 1,22.

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