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Economia

Gilmar acusa Bernal de incompetente e que deixou de arrecadar R$ 69,4 mi

Edivaldo Bitencourt e Cleber Gellio | 24/03/2014 09:34
Olarte, ao lado do presidente da Câmara, Mario Cesar, faz balanço do que encontrou na prefeitura (Foto: Cleber Gellio)
Olarte, ao lado do presidente da Câmara, Mario Cesar, faz balanço do que encontrou na prefeitura (Foto: Cleber Gellio)

O prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), afirmou, em entrevista coletiva na manhã de hoje (24), que a Capital teve perdas, prejuízos e deve levar até três anos para se recuperar da administração de Alcides Bernal (PP). Ele acusou o antecessor, que foi cassado pela Câmara Municipal, de ter sido “incompetente” e “ineficiente”. Só em arrecadação, Bernal deixou de arrecadar R$ 69,452 milhões no ano passado.

“Houve falta de iniciativa, ineficiência e incompetência do gestor”, afirmou, em relatório sobre a situação em que encontrou o município no dia 13 de março deste ano. Ele determinou a realização de auditoria em todos os órgãos e deve encaminhar as irregularidades para o MPE (Ministério Público Estadual).

Segundo o prefeito, levantamento aponta que a Capital deixou de arrecadar R$ 69,452 milhões em recursos próprios na gestão de Bernal. Foram R$ 21,6 milhões em IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), R$ 33,8 milhões em ISS (Imposto sobre Serviços), R$ 4,9 milhões em contribuição de melhoria e R$ 8,9 milhões em taxas.

De acordo com Olarte, a perda de receita ocorreu porque Bernal centralizou a arrecadação com o fechamento da RDM (empresa que fechou após calote de R$ 4,7 milhões), a falta de capacidade de arrecadação, a morosidade na emissão do Habite-se e a não atualização nos programas de arrecadação do município.

Sem a interlocução com a bancada federal e a luta por ampliar os repasses constitucionais, como FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), a Capital perdeu recursos.

Ele estima que serão necessários três anos para recuperar o que Bernal deixou de obter para a Capital. “Dificilmente recupera essas perdas em dois anos”, afirmou.

Gilmar Olarte classificou como preocupante a queda de 0,54% na arrecadação de tributos no ano passado, enquanto a média do ano anterior foi crescimento de 19,9%.

Bernal também deixou de executar obras por “ineficiência” e “incompetência”. Ele só conseguiu aplicar 39% dos R$ 692 milhões previstos em investimentos. A média histórica de execução, segundo a Secretaria Municipal de Planejamento, Controle e Finanças, é de 77%.

Dos R$ 2,798 bilhões previstos no Orçamento, Bernal conseguiu executar apenas 83,7%, contra a média histórica de 95%.

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