Inflação de outubro na Capital é a menor para o mês em quatro anos
Vestuário teve a maior queda, o que pode indicar redução de consumo
Campo Grande encerrou outubro com a menor inflação para o período em quatro anos. A variação de preços, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), foi de 0,32% no mês passado em relação a setembro, conforme divulgou nesta sexta-feira (dia 10) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O freio para o avanço inflacionário veio, sobretudo, do vestuário (-0,91%), o que pode indicar desaquecimento do consumo de produtos do setor. Também apresentaram deflações os grupos da educação (-0,20%) e artigos de residência (-0,91%) e alimentação (-0,09%).
Entre os que registraram altas, o destaque foi a habitação, com alta de 1,7%, impulsionada, principalmente, pela energia elétrica (5,52%) e gás de cozinha (3,62%). Os demais grupos tiveram as seguintes variações: comunicação (0,68%), saúde e cuidados pessoais (0,60%), despesas pessoais (0,42%) e transportes (0,03%).
Mesmo com a queda geral dos alimentos, alguns itens desse grupo apresentaram aumentos de preços expressivos. É o caso, por exemplo, da batata inglesa (33,2%), peixe pintado (9,01%), laranja (7%) e feijão carioca (4,39%). Ficaram mais baratos, entre outros produtos: alho (-5,68%), sorvete (-4,88%), açúcar cristal (-4,49%), repolho (-3,94%) e chocolate (-2,87%).
Histórico – Com baixa variação dos preços, o IPCA de outubro deste ano foi o menor para o mês desde 2014, quando Campo Grande foi incluída na pesquisa pelo IBGE.
Outubro dos anos anteriores apresentaram os seguintes resultados: 0,79% (2014) e 1,18% (2015), 0,53% (2016). Neste ano, a inflação de Campo Grande foi de 1,45%. Em 12 meses, o índice acumulado é de 2,60%.
Nacional – No País, o IPCA ficou em 0,42% no mês passado. No ano, o índice acumula 2,21%, bem abaixo dos 5,78% registrados em igual período do ano passado, sendo o menor acumulado no ano registrado em um mês de outubro desde 1998 (1,44%).