Campo Grande tem menor inflação para outubro dos últimos dez anos
Campo Grande fechou outubro com inflação de 0,28%, o menor índice registrado para esse mês nos últimos dez anos. Os dados IPC/CG (Índice de Preços ao Consumidor da Capital) foram divulgados nesta quarta-feira (8) pelo Nepes (Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais) da Uniderp.
A cidade teve um índice menor que esse apenas em 2006, quando a inflação fechou em -0,08%. Além disso, houve queda também na comparação com setembro, que teve 0,33%.
Levando em consideração os últimos 12 meses, em contrapartida, o IPC ficou em 2,38%, abaixo do centro da meta do CMN (Conselho Monetário Nacional) que é de 4,5%. No acumulado de janeiro a outubro, a inflação de 1,78%.
O estudo revela as despesas do grupo habitação, que englobam eletrodomésticos e produtos usados nas residências dos cidadãos, foram as que mais contribuíram para o resultado com queda de 0,26%. Os gastos com saúde (exames, remédios e planos) também ficaram menores, na ordem de 0,10%.
Em contrapartida, o setor de vestuário foi o grande vilão do mês, com alta de 1,76%, além do botijão de gás, que ficou 4,87% mais caro no mês. A alimentação teve alta de 0,74%, transportes de 0,33% e educação de 0,09%.
"A inflação ainda permanece controlada, pois na análise da inflação acumulada as taxas estão bem abaixo da meta inflacionária fixada pelo governo, o que indica que as medidas econômicas tomadas pelas autoridades vêm dando certo, surtindo os efeitos esperados. Com isso, tem diminuído o valor da taxa Selic, que está atualmente em 7,5%, sinalizando que os juros podem baixar mais, dinamizando o setor econômico brasileiro, com geração de emprego e renda", explica o coordenador do Nepes/Uniderp, Celso Correia de Souza.
