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Economia

Mais um reajuste: gás de cozinha fica até R$ 10 mais caro ao consumidor

A Petrobrás anunciou reajuste de 8,2% a 9%. Nas revendedoras da Capital, gás de cozinha já é vendido com novo preço

Izabela Sanchez e Bruna Pasche | 09/11/2018 09:11
Revendedora de gás em Campo Grande (Henrique Kawaminami)
Revendedora de gás em Campo Grande (Henrique Kawaminami)

O preço do gás de cozinha foi reajustado pela Petrobras e o aumento varia entre 8,2% a 9%. Desde janeiro, a estatal reajusta o botijão de gás trimestralmente. Em janeiro e abril, os valores foram reduzidos e em julho, elevado. Agora, com o novo reajuste, revendedores afirmam que o preço para o consumidor pode aumentar até R$ 10.

No Alto Posto Norte Sul, Felipe Araújo afirma que o preço ainda não subiu, mas a partir de amanhã, com a chegada de novos lotes, o preço será reajustado. Hoje o gás é vendido por R$59,90 no dinheiro e no débito e R$ 69,90 no crédito.

Proprietário da revendedora Caciano gás, José Caciano Neto vendia o gás por R$64,90 a R$ 70, de acordo com a marca. Hoje o preço já subiu e o botijão é comercializado entre 74,90 a 79,90. Além do aumento do preço trimestral, os revendedores reclamam do mercado ilegal, que prejudica os negócios.

“O impacto maior é para os revendedores, porque o consumidor que não entende e acha que quem passa o aumento são as revendedoras e não a Petrobras. Desestabiliza o mercado e é ruim para o consumidor também”, comenta. Ele acredita que cerca de 400 empresas em Campo Grande sejam ilegais, que vendem o gás com preço menor, cerca de R$ 5.

Promoção em revendedora de gás, sem reajuste (Henrique Kawaminami)
Promoção em revendedora de gás, sem reajuste (Henrique Kawaminami)

Na Tiana gás, o gerente Marcos Paulo de Lima afirma que o aumento começa hoje e que o reajuste foi de 8,9%. Hoje, com valor promocional, o gás é vendido por R$ 62,99. Marcos também criticou os estabelecimentos ilegais. “Não dá pra competir e a fiscalização é falha. Se batessem em cima dessas empresas os impostos iam aumentar e os preços diminuíram”, afirma.

No Eli gás, a proprietária Eli Simone Delmonde vende o botijão em valores que variam entre R$ 65 a R$ 70. Ela acredita que o aumento não será muito grande. O preço deve ficar entre R$ 70 e R$ 75.

Haroldo Vicente é proprietário da Telegás. No local, o valor não aumentou porque ainda há estoque antigo, mas amanhã, com a chegada de uma nova carga, os valores devem chegar a R$ 80 e R$ 85. Hoje, o gás é revendido a R$ 75. Haroldo afirma que o preço espanta clientes, já que as famílias que recebem um salário mínimo não têm condições de arcar com o aumento.

“Espero que com o novo governo o quadro mude. Essa mudança trimestral seja mudada, que o preço seja mudado com menos frequência”, comentou. Haroldo explica ainda que a Petrobras vende o gás por R$ 25,07 para as distribuidoras, mas afirma que o preço chega a mais R$ 50 para os revendedores, porque inclui outros encargos, inclusive os aumentos.

“Vai muito da consciência do comprador, de onde o gás está vindo, quem você deixa entrar na sua casa pra instalar o gás, se é uniformizada”, afirma, sobre a ilegalidade.

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