MS teve a 8ª maior alta na receita de ICMS influenciada pelo auxílio emergencial
Pagamentos aumentaram poder de consumo da população em julho e agosto, demonstra estudo da Febrafite
Os pagamentos do auxílio emergencial por causa da pandemia do novo coronavírus aumentaram o poder de consumo e influenciaram diretamente na arrecadação de 14 das 27 unidades da federação. Mato Grosso do Sul teve a 8ª maior alta do País na receita do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços).
É o que aponta pesquisa divulgada este mês pela Febrafite (Federação Brasileira de Associações de Fiscais de Tributos Estaduais) com base em dados de julho e agosto deste ano e de 2019.
Conforme o estudo, apesar o cenário de crise, em que se temia que o isolamento social quebrasse a economia, o Estado arrecadou R$ 145,7 milhões a mais nos meses 7 e 8 deste ano que no mesmo período do ano passado.
Em julho e agosto de 2020, entrou para os cofres estaduais R$ 1,822 bilhão em ICMS, enquanto nos mesmos meses de 2019, a soma foi de R$ 1,676 bilhão.
O dado demonstra, conforme a pesquisa, que o período mais crítico para o comércio foi em março e abril, logo no início da pandemia. Em junho, o jogo começou a virar e em julho e agosto, as vendas superaram o ano passado.
Balanço divulgado pelo Governo de Mato Grosso do Sul em maio vai de encontro com o que aponta o estudo. No segundo bimestre desde ano, a queda de arrecadação foi de 22,3% ou quase R$ 265 milhões, saindo de R$ 1.185.494.838,31 em março para R$ 920.496.959,20 em abril.
O ICMS, principal tributo de competência estadual, despencou, representando 49% dessa queda, ou R$ 130 milhões de um mês para o outro. Em março, a arrecadação do tributo chegou a R$ 892,5 milhões enquanto em abril o número estacionou em R$ 762,3 milhões.
Em Mato Grosso do Sul, 81,8% da receita em 2019 foi do ICMS. Só do imposto recolhido cada vez que o consumidor faz uma compra ou contrata um serviço, os cofres estaduais receberam R$ 9.105.261.630 no ano passado.