Mulher está na base da pirâmide salarial de MS, mostra pesquisa do IBGE
Elas têm salário médio inferior ao do negro, do homem e do branco
Em Mato Grosso do Sul, o homem tem rendimento 41% maior que o da mulher. De acordo com a Síntese dos Indicadores Sociais, divulgada nesta sexta-feira (15) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2016, o rendimento médio deles era de R$ 2.246 e o delas, R$ 1.591. A diferença absoluta é de R$ 655.
No ano passado, havia 1,263 milhões de pessoas com alguma ocupação em Mato Grosso do Sul. Desse total, 63,9% eram homens e 58,4%, mulheres. Na média geral, a renda mensal desses trabalhadores era de R$ 1.959. Esse valor é apenas R$ 33 (ou 1,71%) maior que o de 2012 (R$ 1.926).
Tanto antes quanto agora, a diferença entre a renda de homens e mulheres era e continua acentuada. No entanto, a distância diminuiu. De 2016 para 2016, o valor recebido por eles cresceu 2,13%, de R$ 2.199 para R$ 2.246. No caso das mulheres, o incremento foi de 4,46%, de R$ 1.523 para R$ 1.591.
Mesmo com avanço maior, o rendimento da mulher representa 70% do que ganha o homem. Com a diferença de valores, a mulher teria que trabalhar cinco meses a mais por ano que o ano para receber o mesmo que ele. Em outras palavras, o que o homem ganha em 12 meses, a mulher recebe em 17.
A desigualdade de renda também é expressiva entre brancos e negros: a diferença em favor dos primeiros foi de 42% no ano passado em Mato Grosso do Sul. Os brancos recebiam R$ 2.333 por mês em média; já os negros ganhavam, mensalmente, o valor médio de R$ 1.638.
Essas diferenças mostram que as desigualdades de gênero são tão expressivas quanto de raça. No entanto, na comparação entre negro e mulher, elas recebem menos. Em ordem decrescentes, os rendimentos foram os seguintes: branco (R$ 2.333), homem (R$ 2.246), negro (R$ 1.638) e mulher (R$ 1.591). Os brancos, no topo, ganham 46% a mais que as mulheres, na base.