Olarte admite que reajuste no IPTU será de 23%, quatro vezes a inflação
O prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), admitiu hoje (17) que o reajuste do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) poderá ser de 23%. A base de cálculo considera o congelamento do tributo por três anos e os índices de inflação e da construção civil, medidos pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O índice é quase quatro vezes superior a inflação oficial, de 6,5%.
“Vamos ficar entre 10% e 25%, mas vai ser menos, 23%. Se pegar a média, vai ser menor que a inflação medida, aproximadamente, em 20%”, explicou Olarte, durante visita a obras emergenciais e de pavimentação.
Ainda conforme o prefeito, o valor não deve “assustar”, ao se considerar que o tributo que não sofre reajuste há três anos e poderia ser “anulado” com descontos ofertados aos contribuintes que pagarem seus carnês entre dezembro e janeiro.
Ontem (16), o titular da Seplanfic (Secretaria de Planejamento, Finanças e Controle), André Scaff, afirmou que a prefeitura estudava três simulações de reajuste para definir qual será a mais adequada.
A decisão foi adiada, uma vez que o Executivo pretende negociar o percentual com a Câmara Municipal, na segunda-feira (20), a fim de que a proposta possa tramitar com tranquilidade.
O imposto tradicionalmente vence em fevereiro, mas a prefeitura vai antecipar o pagamento para dezembro, com descontos que podem chegar a 35%, para quem pagar a vista.
Além disso, o PPI (Programa de Pagamento Incentivado), programa que concede benefício fiscal ao contribuinte em débito, que está em andamento, facilitou o pagamento das dívidas com o imposto.