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Economia

Para evitar prejuízos, conveniências optam por não renovar estoques

Conveniências podem abrir as portas durante bandeira cinza, mas só para vender alimentos ou delivery

Ana Paula Chuva e Aletheya Alves | 10/06/2021 16:23
Cervejas em freezer de conveniência da Capital. (Foto: Kisiê Ainoã)
Cervejas em freezer de conveniência da Capital. (Foto: Kisiê Ainoã)

As conveniências de Campo Grande estão “segurando” o estoque para minimizar os prejuízos esperados para os próximos dias de restrições mais duras de combate à covid-19. A princípio a venda de bebidas alcoólicas estava proibida até por delivery, agora foi liberada, mas o consumo no lugar não pode.

Com medo dos próximos dias, Miriam Andrade, 30 anos, sócia-proprietária de uma conveniência, recusou a entrega de dois caminhões de cerveja no início da tarde desta quinta-feira (10) após saber das novas restrições da bandeira cinza.

“Disseram que a gente não pode nem fazer entrega, então preferi recusar para não aumentar o estoque e ter um prejuízo ainda maior. Nosso estoque é frio, se fecharmos as portas vamos perder tudo porque vamos precisar desligar tudo já que vamos ficar fechados por 15 dias. Não sabemos o que vai acontecer nos próximos dias.”, disse Miriam.

Miriam recusou dois caminhões de cerveja para amenizar prejuízos. (Foto: Kisiê Ainoã)
Miriam recusou dois caminhões de cerveja para amenizar prejuízos. (Foto: Kisiê Ainoã)

Assim como ela, a também dona de conveniência, Marisa dos Santos, 47 anos, optou por não renovar o estoque para os próximos dias, evitando o prejuízo maior.

“Não estou com muito estoque porque estamos indo com calma nos últimos tempos. Imaginei que isso pudesse acontecer, então não comprei muita coisa agora no início do més, mas ainda assim temos produtos que vão se perder e as contas que vão continuar vindo”, afirmou Marisa.

Mas também tem os que já renovaram o estoque e não podem mudar muita coisa, como é o caso do empresário, Nei Teodoro, 45 anos, que se mostrou conformado com a situação.

“Estávamos trabalhando na grade, comprei o estoque recentemente, mas vou ficar com o que tenho e mais para frente a gente vê. Não posso reclamar porque não adianta, não tenho o que fazer. Se estão dizendo que não posso vender, vou fechar as portas e pensar no que fazer para para pagar as contas”, declarou o empresário.

Na incerteza, Marisa optou por não renovar estoque ainda. (Foto: Kisiê Ainoã)
Na incerteza, Marisa optou por não renovar estoque ainda. (Foto: Kisiê Ainoã)

Na manhã de hoje, a determinação é de que delivery de bebidas alcoólicas estava proibido em cidades classificadas na bandeira cinza do Prosseguir, que configura risco extremo para covid-19, no entanto, por volta das 15h o governo do Estado voltou atrás e liberou o serviço de entrega.

Por isso, os donos dos estabelecimentos, quando entrevistados ainda não sabiam da liberação da venda na modalidade de entrega, mas contavam com isso para também ajudar nos próximos dias. Como é o caso da Alice Hiroe, 47 anos.

“Ainda não consegui pensar no que fazer. Não sei se os produtos vão estragar, ou se vão liberar o delivery. Se liberar a gente trabalha, mas ainda assim é um gasto forte e fica difícil para nós”, declarou a  empresária.

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