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Economia

Para produtores de soja, leilão da BR-163 terá impacto positivo

Vinícius Squinelo | 17/12/2013 23:40

A proposta da empresa vencedora do leilão da BR-163 ficou em R$ 4,38 para cada 100 quilômetros da rodovia no trajeto que corta Mato Grosso do Sul. A CPC (Companhia de Participações em Concessões) venceu o leilão nesta terça-feira (17) ao apresentar a valor de pedágio 52% menor que o teto estabelecido pelo edital, de R$ 9,27. A concessão da rodovia com 847 quilômetros de extensão em MS será de 30 anos.

De acordo com a Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul) os benefícios da privatização predominarão em relação aos novos custos. “O impacto da privatização será positivo se levado em consideração a agilidade do escoamento, a conservação das estradas e o ritmo do fluxo”, destaca o presidente da associação, Almir Dalpasquale, referindo-se às melhores condições de trafego, economia de combustível, durabilidade dos pneus e motores e, principalmente queda no número de acidentes na rodovia.

“Por um lado temos a elevação nos custos com a logística para o setor produtivo, por outro se ganha uma série de benefícios incalculáveis, como a segurança que a qualidade das estradas oferecerá. A privatização poupará vidas, e vida não tem preço”, reforça Dalpasquale.

De acordo com a Aprosoja/MS, a duplicação da pista dará ritmo à logística agrícola e pouco impactará na rentabilidade da produção. “Cerca de 70% da produção de grãos se concentra ao Sul do Estado, sendo assim os caminhões que transportarem a soja até o Porto de Paranaguá terão de arcar com pedágios em no máximo quatro pontos. Mas a queda no tempo de viagem será um dos pontos mais positivos na logística agropecuária”, afirma Dalpasquale.

Nove pontos de cobrança de pedágio serão instalados em Mato Grosso do Sul, um a cada 100 quilômetros da BR-163. Com custo de R$ 4,38 por ponto, um carro de passeio para atravessar o Estado arcará com o valor de R$ 39,42, enquanto que um caminhão bitrem de sete eixos, com capacidade para escoar 37 toneladas, terá custo de R$ 275,94 para percorrer o trecho de 847 quilômetros. “Sobre o impacto para a logística dos grãos sul-mato-grossenses, deve-se levar em consideração que 70% da produção agrícola se concentra ao Sul do Estado, o que dispensa a passagem em pelo menos metade dos pontos de pedágios que serão instalados”, enfatiza Almir Dalpasquale.

A soja exportada por MS tem como principal canal de escoamento o Porto de Paranaguá, o que torna necessária a utilização da BR-163. No mês de novembro, de acordo com a Federação da Agricultura e Pecuária de MS, 100% da soja exportada pelo Estado foi encaminhada ao porto paranaense e a preferência por Paranaguá se repete desde o mês de agosto devido a menor distância e custos mais baratos atualmente.

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