Pesquisa mostra que 61% dos empresários querem aumentar contratações
Mesmo assim, a maioria avalia que as condições da economia pioraram
Embora ainda predomine a avaliação de piora das condições da economia, o comércio de Campo Grande pode elevar a contratação de trabalhadores. Dos empresários do setor, 61,5% pretendem aumentar o número de empregados, conforme pesquisa da CNC (Confederação Nacional do Comércio).
O estudo também mostra avanço no ICEC (Índice de Confiança do Empresário do Comércio) de outubro para novembro deste ano, passando de 112,6 para 116 pontos. O índice varia de zero a 200. Quando marca 100 pontos, o indicador está na fronteira entre insatisfação e satisfação. Abaixo dos 100, é pessimismo; acima, otimismo. Além de superar o de outubro, o índice de novembro deste ano também foi maior que o de igual mês de 2016 (107,8 pontos).
O índice é maior em alguns setores, principalmente entre os empresários do segmento de duráveis, que apresentaram 121 pontos. Já em relação ao porte da empresa, as que têm mais de 50 empregados apresentaram um índice maior, de 137,3 pontos.
“Registramos um aumento muito maior na confiança do empresário do que no mês passado e isso é muito importante, pois demonstra que nossa economia está melhorando, principalmente em um período importante para o comércio, com as festas de fim de ano. Essa confiança é importante para retomarmos nosso crescimento”, afirma o presidente do Instituto de Pesquisa Fecomércio-MS (IPF-MS), Edison Araújo.
Essa melhoria do indicador se relaciona a outro dado: expectativa de elevação das contratações. De cada dez empresários, seis pretendem contratar. Já os que acreditam que reduzirão o número de funcionários correspondem a 38,5%.
Caso concretizem a pretensão de aumento do quadro de pessoal, os lojistas podem avançar ainda mais os números de emprego no setor, que já tem mostrado reação. De acordo com o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), o saldo acumulado deste ano (janeiro a outubro) de empregos soma 1.180 empregos; no ano passado, em igual período, houve fechamento de 1.397 postos.
Economia – Mesmo com estimativas de alta das contratações, os empresários ainda não se mostram satisfeitos com as condições da economia. Para 62% deles, a economia tem piorado, enquanto 38% considera que houve melhora.