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Economia

Preço do arroz dispara e chega a R$ 43,90 na Capital

O custo do pacote de 5 kg pode ter sido reajustado após as enchentes no Rio Grande do Sul

Por Izabela Cavalcanti e Clara Farias | 12/06/2024 11:56
Solange escolhendo arroz em supermercado de Campo Grande (Foto: Clara Farias)
Solange escolhendo arroz em supermercado de Campo Grande (Foto: Clara Farias)

O preço do arroz ao consumidor já está sendo encontrado por R$ 43,90 nos supermercados de Campo Grande. O custo do pacote de 5 kg pode ter sido reajustado após o Rio Grande do Sul, maior produtor do grão do País, ter sido quase destruído por enchentes.

Este preço é referente a marca Tio João, e é o maior encontrado pela reportagem no supermercado Santo Antônio, localizado no Bairro Maria Aparecida Pedrossian. O da marca Sabor Sul está por R$ 28,90.

No Assaí, do Bairro Coronel Antonino, o arroz Tio João está por R$ 40,99; Tio Lautério por R$ 29,49; e Coradini por R$ 29,90.

Arroz da marca Tio João é vendido por R$ 43,90, no supermercado Santo Antônio (Foto: Clara Farias)
Arroz da marca Tio João é vendido por R$ 43,90, no supermercado Santo Antônio (Foto: Clara Farias)

No Mister Júnior, do Estrela do Sul, o pacote de arroz Tio João está custando R$ 39,95; o Dallas R$ 26,50; Coradini R$ 27,95; e Guacira R$ 28,75.

No Pag Poko, da Mata do Jacinto, o pacote da marca Sabor Sul está R$ 29,90; Coradini R$ 30,90; e o da marca Rei por R$ 26,90.

No Pires, do Bairro Tiradentes, o arroz Tio João está por R$ 39,90; Guacira R$ 35,90; Tio Lautério R$ 27,90; Dallas R$ 26,90; e Sabor Sul R$ 27,80.

Prepare o bolso – A funcionária pública, Terezinha Ferreira da Silva, de 50 anos, se assustou com o preço do arroz. Nesta quarta-feira (12), ela optou por outra marca para poder pagar mais barato.

Terezinha olhando prateleira com pacotes de arroz (Foto: Clara Farias)
Terezinha olhando prateleira com pacotes de arroz (Foto: Clara Farias)

“Comprei semana retrasada o arroz e não estava esse preço. Aumentou bastante. Não esperava que chegasse a esse valor, hoje eu peguei o Coradini, escolhi por causa do preço”, comentou.

O aposentado Antonio Tomé, de 65 anos, pontuou que é difícil deixar o arroz de lado na mesa do brasileiro.

“Está tudo muito caro, acho que tinha que custar no máximo R$ 25, porque não tem jeito, não dá pra ficar sem arroz. Arroz e feijão não podem faltar na mesa do brasileiro, é o que sustenta a gente. Se aumentar mais o preço, vou continuar comprando porque não tem como deixar”, disse.

A corretora de imóveis, Solange Dias, de 49 anos, também reconhece que o produto aumentou.

“Aumentou bastante. Apesar de comer pouco, comprei no mês passado e acho que paguei 23 reais. Mas não dá para esperar muito, né? Eu não vou comprar de marca estrangeira, mesmo que aumente o preço eu só compro marca brasileira", afirmou.

Arroz da marca Tio João sendo vendido por R$ 39,95, no supermercado Mister Júnior (Foto: Izabela Cavalcanti)
Arroz da marca Tio João sendo vendido por R$ 39,95, no supermercado Mister Júnior (Foto: Izabela Cavalcanti)

Situação – As enchentes no Rio Grande do Sul começaram no final de abril. Diversas casas e estabelecimentos ficaram destruídos com a força da água. Pessoas e animais morreram e milhares ficaram desalojadas.

O estado também é o principal produtor de arroz do Brasil. Com isso, a produção do grão acabou sendo afetada e por isso os preços foram modificados.

O economista Eugênio Pavão explica que a oferta diminui e os preços sobem. “A oferta diminuiu e elevaram os preços. Os empresários que já têm o produto, aproveitando a baixa da produção e estoque, estão elevando o preço e especulando”, pontuou.

Alguns supermercados de Campo Grande chegaram até a racionar arroz, limitando a compra por consumidor.

Para amenizar a situação, o Governo Federal autorizou a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) a importar até um milhão de toneladas de arroz em 2024.

O presidente da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) Edegar Pretto, informou que o governo vai realizar um novo leilão no dia 13 de junho para comprar mais 36 mil toneladas de arroz importado e distribuir aos estados que ficaram de fora da primeira. Entre eles Mato Grosso do Sul, que deverá receber 3,1 mil toneladas.

Essa quantidade representa os lotes que não foram vendidos no leilão do dia 8 de maio. No total, o leilão tinha como objetivo a compra de 300 mil toneladas do grão, das quais 263,370 mil foram adquiridas, correspondendo a aproximadamente 88%.

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